sábado, 20 de dezembro de 2008

Educacionistas

Eu adoro reclamar da falta de interesse do povo pela educação, mas realmente não posso exagerar. Tem muita gente carregando essa bandeira. Fui apresentada pelo meu hiperamigo a um movimento social que tem tudo a ver com a Educação, os Educacionistas. Eu fico feliz em saber que outras pessoas se preocupem e tentem fazer algo para melhorar a educação no Brasil. Se você também se preocupa, entre no site, olhe as propostas. Acredito que elas sejam simples e viáveis. Parace clichê de propaganda eleitoreira, mas é verdade, a Educação é um problema de todos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Indginação e um pouco de vergonha.

Eu fiquei chocada com a falta de respeito do governo em relação a população. O governo está tomando medidas autoritárias. Como fechar 3 escolas e acabar com várias séries sem avisar a população? (vide:
http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_13/2008/12/18/noticia_interna,id_sessao=13&id_noticia=58585/noticia_interna.shtml) O governo está praticamente empurrando a classe média (os poucos que ainda resistem) a matricular seus filhos no ensino privado (de qualidade duvidosa).

O pior é que está escrito na constituição que a educação é um direito subjetivo sendo esta obrigação do Estado. Eu ainda li na reportagem o governo alegar que não havia procura pelos moradores do Plano Piloto sendo que na mesma reportagem 3 moradores, pais de alunos das escolas que serão fechadas, afirmarem que não sabiam das medidas e que elas foram tomadas durante as férias escolares. Evidentemente que para evitar protestos dos pais e dos professores. Isso é um comportamento enraizado no governo que tem toda caracterítica de regime totalitário. São sempre medidas que prejudicam a população tomadas em benefício do próprio governo.

A educação não serve pra nada mesmo, só pra dar voto em época de eleição porque depois, todos esquecem dela, inclusive a população. Bem diferente daqui, se vê 120 mil pessoas protestando na França, só em Paris, contra a reforma absurda que eles estão querendo fazer na educação de lá. E nós, o que estamos fazendo aqui? Trabalhando dobrado para dar conta de pagar os impostos e o colégio das crianças. Mas para que servem os impostos mesmo?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Trabalho?

É estranho com as idéias encrostam na nossa mente e a gente nem sabe de onde elas vieram. Eu sempre gostei de ler. No último ano do segundo grau eu desembestei a ler e li todos os livros da biblioteca do colégio. Não eram muitos, afinal eu não ia ler os didáticos, que eram a maioria. Desde de então virou hábito, paixão e profissão. Profissão? É estranho. Como uma coisa que começou por hobby vira trabalho? Eu já li milhares de casos e histórias mas é realmente estranho. O trabalho tem na nossa mente uma conotação tão negativa e impositiva que quando você trabalha no que gosta acaba trabalhando mais que o normal o perdendo um pouco o gosto. Eu sofro dos dois fenômenos devido a minha natureza confusa. Leio para trabalhar e nas horas vagas eu... leio, mas agora por prazer. Mas é bizarro. Procuro ler para me distrair livros que não tenham relação com a minha pesquisa e quando dou por mim estou com um livro da Lygia na mão. hehehe é até engraçado, muitas vezes me pego pensando, já que eu vou ler um pouco antes de dormir, porque não ler um conto dela? Vai que eu tenho uma idéia para um artigo?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Família...

"...família, papai, mamãe, titia". Oh coisa complicada. Tem um que diz A, outro diz B, e você quer C e ninguém consegue se entender. Quando a gente é criança vence o mais forte ou aquele que consegue o apoio dos pais. A briga não consegue durar mais que um dia e no dia seguinte vocês estão rindo e brincando de novo. Mas depois que essa fase passa, você acha que vai ser tudo uma maravilha, que vão sempre continuar amigos, que os seus filhos vão ser amigos e que todo final de semana vai ter um churrasco na casa de um dos irmãos. Mas nem sempre. Cada um vira um núcleo familiar e aquele primeiro que gerou fica sendo secundário. Eu sempre vou colocar a minha família em primeiro lugar, mas agora eu sei que a recíproca nem sempre é verdadeira.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Paciência

É o que me falta para levar o meu blog mais a sério. Mas eu realmente tenho pouca paciência para aprender a mexer nisso aqui e ficar na frente da internet. Tenho até uma certa regularidade, mas é que eu acho um pouco de perda de vida. É como assistir tv. Quando você assiste um filme, escolhe, quando vê tv, engole. Pode até mudar de canal, mas tem opções limitadas. Para mim a internet é um grande jornal e uma forma mais barata de comunicação. Leio as notícias que me interessam, e quando me interessam muito eu leio em diversos jornais. Quando não, passo para a próxima e depois desligo e vou fazer algo mais divertido - ler, ouvir música, arrumar a minha bagunça diária, trabalhar, ter meus momentos autistas brincando de artista... Por isso eu duvido que meus textos evoluam muito mais. Queria até ser um pouco daquele internauta ligado e antenado, que conhece as novidades, os links, as modas, os vídeos. Mas a internet para mim é tão solitária e sem graça que eu não consigo passar mais que duas horas na frente dela por dia.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Feira de artesanato

Nesse domingo fui à uma feira de artesanato para dar uma olhada nas novidades. Sempre achei as feiras bem mais interessantes que os shoppins, e é claro, mais baratas. A propaganda dessa feira era a de que era composta pelos melhores artesãos de Brasília. Realmente as peças eram muito bonitas e muitas delas feitas com materiais recicláveis - eu adoro =). Eu estava feliz e contente achando que ia levar uma penca de acessórios para casa quando... Ops! Tropecei no preço. Fiquei feliz em ver o trabalho artesanal no Brasil ser valorizado. Se você parar para pensar, o tempo, a habilidade e a criatividade dessas pessoas têm que ser valorizados. O difícil é acostumar com o preço, afinal com os 45,00 reais que custava um só colar de crochê nessa feira, antigamente eu comprava coisas para estação inteira.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Inércia

Sabe aqueles dias que você sente uma inércia incontrolável em cima de você? Digo inércia porque não gosto de preguiça. E tirando o aspecto físico dos conceitos, acho que preguiça é a falta de vontade de fazer algo, mas a inércia é uma força maior que a da vontade de fazer algo. Eu até tenho vontade de arrumar o meu armário, mas não consigo - uma força maior que eu me domina e eu fico onde estou, sentada na frente do computador.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Pare o mundo que eu quero descer!

Como já dizia Raulzito!

Uma vez eu ouvi (ou li), não me lembro ao certo. Que o nosso cérebro nunca pára de funcionar. Ai caramba! Pois devia. Eu queria passar um dia inteiro sem pensar em nada importante ou necessário. Depois dos 18 isso parece cada vez mais raro. Quando você está completamente à toa, relaxado e vai abrir a geladeira pra tomar uma água gelada e vê que acabou o requeijão já jogou todo o seu plano fora. Realmente é muito difícil, eu mesma marquei na agenda um dia para laser e outro para a inutilidade, mas esse só vai dar pra ser depois do dia 21 de novembro, pq até lá tem muito mercado pra fazer, conta pra pagar, prova pra estudar, concurso...

Ai ai!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O que é literatura

Passei quatro horas respondendo essa pergunta, mas sinto que ainda posso responder mais alguma coisa. As pessoas sempre acham o estudo literário algo abstrato. E é, em certo ponto. A literatura pode ser encarada de vários pontos de vitas com objetivos diferentes. Pode-se ver a literatura do ponto de vista do leitor, do autor, da linguagem entre outros adicionando ainda os que se inserem neles e viram outros pontos de vista. Mas o mais importante é saber que o que é considerado literatura hoje pode não sê-lo amanhã e o que foi anteriormente talvez hoje não o seja mais. Isso porque qualquer julgamento a respeito da literatura já trás implícito um juízo de valor e o valor me parece ser também algo abstrato. Pode também não ser.

Complicado, mas quando se trata de humanas, nada é simples demais nem complicado demais. A literatura é feita de linguagem e a linguagem é produto do homem como ser social e histórico. Isso porque as palavras carregam uma infinidade de significados e imagens que variam conforme a cultura do indivíduo, mas que podem coincidir em deterninados casos. Isso implica que a linguagem também é social e histórica. É quase tão difícil precisar o nascimento da sociedade com o da linguagem. Como ela surgiu? Quais foram as primeiras palavras do homem? O quê ele queria dizer?

Além disso, quando pensamos em algo, podemos pensar dissociandamente da linguagem? Mesmo quando pensamos em imagens, não terão essas imagens um significado lingüístico implícito?E as imagens, não nos são conhecidas através de uma linguagem (simbólica e referencial)? Isso pode levar a crer que a literatura é tudo. Mas tudo na literatura é relativo. E no fundo depende de quem lê, de quem publica e principalmente de quem escolhe o que se publica.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Cegueira

Eu ainda não li o livro do Saramago, e no meu 'métier' é preciso ter muita corajem para afirmar isso publicamente, mas depois de assistir ao filme eu pude fazer algumas inferências. Eu realmente não li o livro portanto não posso afirmar nada, são apenas suposições. No filme é uma cegueira fisica que causa a destruição da sociedade, mas talvez esse fato possa ser relacionado à outro tipo de cegueira, a racional. Digo racional pois não gosto do termo intelectual. O intelecto pode ser mal aproveitado ou pouco desenvolvido, mas a razão implica a analogia a um mínimo de reflexão, mesmo que primária.

A cegueira da qual estou falando tem motivado muitas conversas de buteco, leituras e reflexões e infelizmente experiências. O respeito à liberdade religiosa é algo bem pouco disceminado no Brasil, ou pelo menos aqui no retângulo. Diz-se que futebol e religião não se discute, mas se você é flamenguista vão te zoar e se você é ateu, aí meu deus! Eu não tenho nada contra as religiões, mas não sou governada por elas. Claro que elas me atingem indiretamente, afinal, a cultura ocidental e banhada em religiões, mas eu as encaro de outro ponto de vista que a maioria das pessoas acham difícil de entender, eu não tenho nenhuma espécie de fé religiosa. Um conto de fadas e uma parábola tem para mim o mesmo valor. Eu até acho os contos de fada mais atraentes pois não tem esse tom autoritário da Biblía.

Mas para voltar ao ponto, as pessoas que seguem uma doutrina muitas vezes não aplicam a reflexão à sua doutrina. Elas acreditam cegamente. Esse é o lado ruim da religião, qualquer que seja. Se essa pessoa acreditar que vai ser salva e que num plano superior a vida dela será uma maravilha, bom pra ela, mas não vejo problema em tornar a minha vida aqui nesse plano que me acolhe uma maravilha. O que me incomoda, por exemplo, é que ser ateu para a maioria das pessoas, é ser perdido. Já recebi cartões religiosos, correntes, pps, já ganhei até uma Bíblia como se eu nunca tivesse lido, como se eu vivesse na selva como o Mogli. Uma vez, um colega de classe se horrorizou ao me ouvir dizer que não acreditava em deus a cara dele ficou mais pálida ainda quando eu disse que não era católica e então eu perguntei "você vai a igreja?", ele disse "Sim, todo o domingo." eu perguntei então: "Você sabe onde nasceu Jesus Cristo?". Ele não sabia. Eu fiquei me perguntando então o quê ele fazia na igreja. Será que dormia enquanto o padre falava? Talvez ele se sentisse bem com o clima, realmente as pessoas se esforçam para ser agradáveis na igreja, até se comprimentam, já na rua, quem sabe?

Muita gente não entende também que história é uma coisa e religião é outra. Maomé, Buda e Jesus existiram, embora para mim a real dimensão disso seja tão difícil de caucular que eles são quase lendas. Mas eles existiram e isso também é difícil de negar. Mas eu não preciso doutrinar a minha vida com base no que eles falaram. Muitos dos valores da nossa sociedade já são fundados em discursos religiosos. Jesus Cristo para mim não é deus nem Buda, são filósofos, sábios e você pode ter mesclado na sua vida cotidiana algum desses ensinamentos sem ter que levar junto o "pacote". Não existe venda casada, as filosofias podem dialogar e criarem um discurso plural. Mas isso realmente deve ser grego porque muita gente faz uma cara de interrogação quando ouve a palvra "ateu". É forte, né? Melhor falar "Voldemort" do que "ateu". Tem gente que eu acho que nem sabe o que é, e na dúvida deve pensar que é doença, porque faz cara de nojo. Mas quando eu estou de "bom humor" me livro com um sofismo bem interessante "E você, acredita em duendes? Como não?" o fundamento da fé é tão primitivo quanto esse.

Tem algumas pessoas que são até divertidas, fazem aquela cara de mãe que sabe que o filho está fazendo uma besteira e vai se arrepender, esses chegam até a dizer "coitadinha, não sabe o quê está falando, um dia ainda vai se arrepender" - o pensamento paternalista acéfalo que eu adoro. Outros pelo menos são coerentes com seus dogmas e se sensibilizam pois sabem que eu vou para o inferno, afinal cometo o único pecado que não tem perdão, segundo a Bíblia. Eu poderia matar com prazer, roubar o dinheiro dos pobres e dormir sem peso na consciência, usar a fé das pessoas para obter lucro, mas não posso nem duvidar que já estou condenada. Muito obrigada, mas não vou querer não. Se é assim eu prefiro acreditar em Darwin, o cientificismo pelo menos tem argumentação.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Proselitista é a lei

"Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo." (LDB)

Eu acho um absurdo o ensino religioso ser obrigatório. Não importa qual seja a religião em foco. A importância da religião na vida das pessoas e pessoal e relativa. Ensinar isso na escola já é algo tendencioso. A religião não deveria interferir na vida em sociedade. Já basta esse bando de político retrógado proibindo pesquisas e interferindo na ciência com argumentos puramente religiosos ainda temos que ensinar as nossas crianças que a religião é importante para a sua formação. Melhor ensinar direito constitucional.

Posso estar parecendo radical, mas atente ao exemplo: Considerando religião numa definição bem simplista da wikipédia "A Religião (do latim: "religio" usado na Vulgata, que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que alguns humanos consideram como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças."

Se vc partir do pressuposto de que a família é uma das maiores responsáveis pela educação religiosa da criança e se os pais dela não acreditam e nada divino ou sobrenatural a escola não deveria respeitar a crença da família? A educação religiosa tem que entrar no currículo somente naquilo onde influenciou na história dos povos que compõe a nossa identidade. A própria lei fala de proselitismo, mas para mim tornar o ensino religioso como uma matéria separada e obrigatória já é proselitismo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O mundo vai acabar!

Se os gauleses temiam somente que o céu caísse sobre suas cabeças eu temo quando a terra das duas estações, a seca e a chuvosa, passa a ter só uma. E para a nossa sorte, seja ela boa ou má, me parece que a seca é que vai ser a nossa única estação. Ai ai! Porque em Brasília não tem "frescão"?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eu também vou reclamar!

Estou adotando uma nova postura. A da reclamação. Vou reclamar os meus direitos publicamente como cidadã brasileira. Eu estou vendendo a minha moto, por problemas que tenciono explicar aqui posteriormente de forma mais detalhada, e portanto tenho que me sujeitar ao árduo sacrifício de andar de ônibus em Brasília. Além do preço exorbitante da passagem e da ausência completa de políticas que me beneficiem nesse quesito (eu não sou formalmente estudante ou funcionária de empresa ou órgão público e autônomos não tem desconto em passagem nem qualquer coisa semelhante) eu ainda sou obrigada a conviver com a hipocrisia e os maus tratos por conta das empresas.

Não sei se alguém já reparou que os motoristas de ônibus são tão ou mais imprudentes que os de carro. Eles aceleram no sinal vermelho, andam e fila tripla, nunca respeitam a faixa deles, param fora da parada, andam acima do limite de velocidade parando nos pardais proporcionando aos passageiros a "agradável" experiência chamada "como os porcos se sentem no caminhão de carga". Outra experiência proporcionada aos passageiros é o "curso rápido para aspirantes a dublês que pulam de veículos em movimento", devido ao fato de que se você não desce correndo pode ficar estatelado na calçada pois o motorista sempre arranca quando vê que você colocou um pé na rua.

Poderia citar, ou reclamar de mais uma infinidade de coisas, mas o que eu acho absurdo é essa imposição sob quatro rodas. Quem não tem carro em Brasília sofre tanto que acaba fazendo de tudo para comprar um e passar mais tempo dentro dele torrando no sol quente em engarrafamentos cada vez mais frequentes. Tudo isso para evitar os cursos e experiências acima mencionados ou então evitar o deterioramento considerável da audição causado pelo barulho do motor dos "super" ônibus de Brasília. Mas o brasiliense pode simplesmente querer não ter que se sujeitar a humilhação de ter que andar nesse transporte público ridículo.

Vi durante algum tempo propagandas na tevê que diziam que o governo comprou 300 novos ônibus para frota e ainda ia comprar mais. Ora, quem anda de ônibus sabe muito bem que isso era só o que estava faltando, que os ônibus velhos iam continuar a rodar. E nem sei mesmo se compraram novos pois quando você vê aquele baú bonitinho, limpinho, muitas vezes quando entra nele percebe que só trocaram a carcaça.

Sei que muitos de vocês tem carro, mas pensem na economia que fariam, mesmo com essa passagem exorbitante, se deixassem de pagar seguro + ipva + combustível + estacionamento. Se existisse uma rede de linhas de metrô no lugar de UMA linha e ônibus que fizessem, por exemplo o trajeto trasversal entre as vias paralelas de Brasília onde você pagasse só uma passagem e fizesse algo chamado "conexão", não seria possível dispensar o carro pelo menos durante a semana? Melhor ainda, se o transporte aqui fosse bom você poderia continar tomanda uma cervejinha no bar sem se preocupar com a lei seca pois poderia voltar de ônibus ou metrô para casa. Isso sem deixar de falar no seu bom humor sabendo que não precisa procurar vaga no setor comercial ou no Pátio.

Não seria bom se o governo cumprisse a OBRIGAÇÃO dele de garantir o nosso DIREITO a um transporte público de qualidade pelo qual pagamos uma dezena de impostos direta e indiretamente?

Mudanças

Texto velho inédito!

Ouvi diversas vezes as pessoas dizendo que "reclamar não adianta nada" ou que falar de política é inútil pois os políticos nunca vão mudar. Durante algum tempo, eu mesma segui essa postura pessimista.

Mas os acontecimentos podem abrir nosso campo de visão para uma saída. Eu começo a pensar que o brasileiro (e principalmente o brasiliense) tem que mudar de postura. Nós somos muito passivos e acreditamos demais na mídia sem uma prévia reflexão. O povo tem que fazer valer os seus DIREITOS, porque os deveres são devidamente impostos e cobrados do governo.

Está na hora de tentar ir atrás da contrapartida. Parece muito ingênuo ou pseudo-revolucionário usar esses termos, mas o discurso é velho, a postura é que é nova. O novo cidadão tem armas eficientes e pretendo me valer de uma delas, a internet.

Só para exemplificar, outro dia estava tentando atravessar a rua de mão dupla que dá para entrada da garagem de um shopping center e como o fluxo de carros era grande, estava esperando a algum tempo. Continuei esperando e me dei conta que alguns carros pareciam acelerar quando viam que eu tencionava atravessar a rua. Não existia faixa de pedestre nessa rua em parte alguma da sua extensão. Um dado momento o fluxo dimiuiu numa mão e na outra havia somente dois carros bem distantes.

Eu poderia atravessar tranquilamente se o carro não fosse entrar na garagem, mas se não fosse teria que passar correndo. Esperei um pouco e como o carro não deu seta eu atravessei calmamente (estava acompanhada da minha mãe que tem problema no joelho e não pode correr) quando vi que a mulher que dirigia o carro me olhava com uma cara feia pois ela teve que parar para que nós pudéssemos atravessar a rua já que ela queria entrar na garajem. Juro que pelo tempo que eu esperei na calçada me deixou tão bem humorada que fiz aquele sinal pra moça do carro como quem diz "a seta, madame!".

Para a minha surpresa, levei um beliscão no braço da minha mãe. Ela achou super grosseiro eu acenar para a mulher no meio da rua. Fiquei p. da vida! Que coisa, né. A madame tá sentada na sombrinha e no ar-condicionado e a gente enfrentando a rua e tentando chegar do outro lado num lugar onde NÃO tinha faixa de pedestre e eu que tava sendo recriminada? Se a gracinha tivesse dado seta a gente não teria entrado na frente dela. Mas a maioria das pessoas acha aquilo um acessório do carro e não um item obrigatório (algo que deva ser realmente usado).

Conclusão, se vc não reclama é passiva, se reclama, grosseira. Tá difícil...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O silêncio

pesa primeiramente sobre o corpo, assimilado à função anônima e impessoal da reprodução. O corpo feminino, no entanto, é onipresente: no discurso dos poetas, dos médicos ou dos políticos; em imagens de toda natureza - quadros, esculturas, cartazes - que povoam as nossas cidades. Mas esse corpo exposto, encenado, continua opaco. Objeto do olhar e do desejo, fala-se dele. Mas ele se cala. As mulheres não falam, não devem falar dele. O pudor que cobre seus membros ou lhes cerra os lábios é a prórpia marca da feminilidade.

Michelle Perrot

Touche pas
vive la fête

Ne touche pas
Si tu veux regarder ça ne me gêne pas
Et tu peux écouter si tu restes la-bas
Tu l'as vu tu le veux mais le truc est à moi
Oui je sais dans tes rêves tout le monde est à toi
Ne touche pas
C'est à moi
Pourquoi pas
Donne moi ça

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Quanto mais, menos

Tem coisas que quanto mais você pensa, menos entende. Por exemplo, porque o transporte público é feito por empresas privadas? Ou porque pagamos impostos destinados à educação, saúde e segurança se temos que pagar pelo estudo, contratar um plano de saúde e fazer seguro do carro e da casa? Porque pagamos pelo estudo ao governo e ele repassa às faculdades particulares que por sua vez cobram novamente da população?

Eu realmente já ouvi muitas explicações, mas nenhuma delas fazia sentido.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Ópera molhada na farofa

Fiquei muito animada quando li no jornal que iriam encenar 'A Flauta Mágica, de Mozart' à céu aberto e de graça. Sempre achei que o governo devia se empenhar mais tanto na educação quanto no acesso à cultura. Afinal, apenas 5% dos brasileiros têm esse privilégio. Eu mesma sempre quis assistir à uma ópera, mas aqui, em Brasília, os preços são para senadores.

Mas enfim, eis que chega o dia de ir à ópera. Muita gente ligando, churrasco, cervejada, mas fomos firmes: vamos à ópera! Teve gente que disse "Nossa, como vocês são chiques!" e nós dissemos "É de graça!" Rapidamente alguns torceram o nariz pensando "De graça deve ser coisa de pobre." Mal sabiam eles que o cenário era digno do Teatro Nacional, o figurino dos atores estava esplendoroso e para aqueles que acham as óperas cansativas, muitos lugares para sentar.

Eu fiquei bem entusiasmada com o ambiente, melhor dizendo décor. A quantidade de carros estacionada nas proximidades revelava que nem só os menos favorecidos queriam ver o espetáculo. Gente bem vestida, anciosa e lugares sobrando na arquibancada foi o que vimos meia hora antes do horário marcado para começar. Até o vice governardor foi prestigiar.

Meia hora depois, começa a ópera. O maestro Sílvio Barbatto dá uma breve explicação sobre o enredo da obra e começa. A orquestra estava perfeita e quando entra o tenor... pasmen! Era mesmo um tenor e cantando em alemão, língua original da ópera. Mas não se aflijam, no telão, além do palco pode-se ver a tradução.

Eu estava achando muito bom, mas eis que começo a reparar na interferência de um bebê chorando e uma mãe pra lá de relapsa, que não faz nada para o muleque calar a boca. Os camelôs, por mais incrível que pareça, incomodavam menos que as pessoas que insistiam em atender o celular e acenar quase gritando "Fulaninho, aqui!". Tinha gente que realmente abafava o som dos cantores líricos. Foi aí que eu comecei a pensar, se só 5% dos brasileiros tem acesso à cultura eu imagino que 1/2 % apenas tem acesso às boas maneiras.

Para piorar o quadro, no final do segundo ato, começou a chover. A orquestra, o maestro e os cantores estavam tão imersos no espetáculo que cobriram os instrumentos e esperaram juntamente com 1/3 do público inicial a chuva parar. Pense bem, uma ópera de graça no meio da Esplanda é algo tão raro que no áuge da seca chove.

Completando o cenário os VIPs do evento não quiseram se molhar e foram embora, deixando as cadeiras na frente do palco vazias. Quando o maestro anunciou a volta dos atores, fomos ocupar os lugares vagos no gargalo, afinal, Marcos estava sem óculos e só conseguia entender os diálogos que foram traduzidos para o português, mas as áreas estavam passando em branco. Chegando na 'hot zone' quando íamos entrar pela entrada principal o segurança fala para um rapaz que estava tentando entrar na nossa frente "Não pode entrar não." o rapaz pergunda "Porquê?" e o segurança tem a cara de pau de dizer "Tá lotado." e vira de costas para a nossa risada coletiva. O rapaz completa "Depois dessa não vou falar mais nada."

Já que a entrada principal estava 'lotada' resolvemos dar a volta e entrar pela lateral. Os seguranças da lateral aderiram ao bom senso e sabendo que boa parte dos VIPs já tinha voltado para o Lago e não molharia mais os sapatinhos caros na lama pública, que pela chuvinha ordiária era bem fajuta, liberou a entrada para plebe. No momento em que entrávamos na área vip ouvimos uma loira falsa vestida como todas as outras reclamando com o segurança "Você vai deixar esse povo entrar assim? Eu estava lá na frente!" mas o segurança respondeu "Infelizmente eu não posso fazer nada". E eu pensei "se fudeu" ela não pagou e nem eu.

A ópera continuou com outro insuportável bebê na minha frente fazendo barulho no colo da avó, mas essa teve o bom senso de comprar uma pipoca para socar güela a baixo do muleque e ele ficou quieto enquando Papagueno bebia vinho em troca de sua felicidade. A chuva voltou e depois de dois minutos pingando cancelou nossos planos. O maestro voltou-se para a platéia e nos parabenizou pelo respeito e consideração e recebeu de volta aplausos de pé por uma ópera que não terminou.

O que ficou como lição? Molhe a plateia que os 'sem noção' vão embora, vips ou não.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pressão

Alguém já reparou como aquela barrinha do editor de texto pressiona a gente. É como quando vc tem que escrever um artigo, um trabalho, um e-mail importante e não faz a menor idéia de como começar e abre o editor de texto e a barrinha fica piscando como quem diz "E ae, minha filha, vai começar ou tá difícil?" E nesse momento a sua cabeça fica mais branca do que a página branca do editor de texto. Eu acho que isso acontece comigo porque sou uma pessoa que gosta de liberdade. Segundo minha mãe, é bagunça, mas eu afirmo que é liberdade. Desde criança escrevia na ordem inversa, frente e verso + verso; começava um texto num caderno e terminava em outro. Anotava a matéria no livro e deixava as professoras furiosas. Tinha que fazer duas vezes os trabalhos porque sempre era necessário juntar as partes. Quase tirei zero numa redação porque a escrevi em espiral, mas consegui convencer a professora a me dar dez, afinal a redação era sobre o ciclo da vida. Toda essa "liberdade" criativa fica um pouco intimidada com a praticidade e organização d'O EDITOR DE TEXTO. Acho que vou pedir umas ferramentas como sentido do texto = esprial ou quem sabe ultrapassagem de linhas, afinal tenho que me adaptar aos novos tempos. Nada mais de papel pautado pra fazer prova, tão pouco prova.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Divagando

A poesia é expressar-se em imagens através de palavras e o cinema e a expressão imagética de uma linguagem. A barra piscante do editor de texto pressiona a criatividade. A facilidade com que se apaga, recorta, cola e corrige palavras dificulta o preenchimento do espaço vazio do texto tornando-o mais opressor. Não se pode apenas passar um risco por cima da palavra indesejada fazendo com que ela fique ali incentivando-o a melhorar e quem sabe até reaproveitá-la mais tarde. Tão pouco é aconselhável utilisar papel, afinal de contas, papel = árvore... Fazer poesia ficol muito diferente - poesia = "cinema"

...a rotina ordinária surta burramente a inspiração.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Zé do Mé

Meu avô tinha um amigo apelidado de Zé do Mé que nem se podia imaginar que ele era chegado numa cachacinha. Meu avô certo dia encontrou com esse amigo num restaurante. Zé do Mé estava reclamando de dores nas costas meu avô se apressou para dizer que ao contrário dele estava muito bem. Disse: "Eu posso estar velho, mas meus examos estão ótimos, colesterol, pressão, coração..." Zé do Mé olhou um pouco chateado para o meu avô, mas não perdeu a pose e respondeu "Parabéns Seu Canabrava, você vai morrer inteiro". Depois desse dia meu avô começou a adotar a filosofia de não fazer dieta nem nada, disse: Se é pra morrer que morra bem gasto!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Super poderes

Se você pudesse escolher um super poder para ter qual seria? Os mais cotados são invisibilidade, telecinésia (transportar objetos com a força do pensamento), telepatia e é claro, poder voar. Mas tem horas que a gente se sente tão impotente diante de algumas situações da vida cotidiana que eu realmente queria ter o poder de telepotar pessoas para um planeta distante sem chance de volta. Por exemplo, aquele babaca que te fechou no trânsito e você não pode bem buzinar porque ele pode ser um louco psicótico que vai puxar uma arma ou te seguir e tentar te jogar pra fora da pista. Aquele babaca que roubou milhões dos cofres públicos e bastou comprar um juíz pra livrar a cara envergonhando o país todo, ou quem sabe até aquele chefe autoritário que faz pedidos e coisas absurdas das quais você não pode discordar. Outra alternativa seria o poder da audição seletiva, mas acho que esse é mais simples, basta treinar.

E você, qual poder escolheria?

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O bojo

O bojo é a melhor e a pior invenção da modernidade. Para os leigos, um enchimento que se coloca no sutiã para dar uma “levantada” nos seios da mulher e uma aumentada no volume dos mesmos. Em suma, o bojo é um sortilégio moderno usado por aquelas que não tiveram uma colaboração generosa da natureza quanto à peitulância, mas têm medo de fazer uma cirurgia plástica ou por aquelas que querem, mas não tem grana mesmo.

Na minha opinião, o bojo é uma bosta mesmo. Para aquelas que não tem peito de se assumirem despeitadas ele até que serve, mas e para aquelas que já vieram turbinadas de fábrica? Hoje em dia não vendem mais sutiãs sem bojo que não sejam tamanho 16 anos ou 54 bege-vovó-brochante. E o que farão as dondocas que gastaram uma pequena fortuna para não enxergarem os próprios pés de tanto silicone? Certamente ficarão esmagadas e morrerão asfixiadas tentando usar um sutiã bonito sem saber que ele levantará o peitoral até a altura do pescoço precionando-os contra a garganta causando assim diversas mortes por asfixia. É quase uma questão de saúde pública – Mulheres peitudas, não usem bojo! Ou então deveriam colocar uma etiqueta no produto “Ministério da saúde adverte: este produto pode causar problemas respiratórios graves.

Eu não entendo o que aconteceu, as propagandas e indústria parecem estar tentando fazer as mulheres parecerem a Barbie, mas aquela que peitudona e que vem de salto mesmo sem sapato que nem fabricam mais porque segundo estudiosos qualquer mulher com aquelas medidas teria que andar de quatro ou cortar as costelas. Com base nesses argumentos eu faço um apelo a sociedade e a indústria da lingerie: respeitem a turbinada/desturbinada natural de cada mulher e nos deixem comprar sutiãs bonitos SEM BOJO! – Abaixo o bojo! Viva a segunda via – Sutiãs sem bojo!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O Buzão de Murphy

Andar de ônibus em Brasília é uma aventura. A cidade planejada de ruas largas não foi planejada para pessoas, ônibus, chuva, e sim para prédios, monumentos e só. Quem se aventura a andar de ônibus por aqui lida com dois problemas: a competência do governo local e Murphy (o da lei de Murphy). A menos que você pegue ônibus na W3 para ir para W3, acredite, vai ter problemas. Primeiro que você vai andar uns 10 minutos até chegar na parada. Mas isso não é ruim, uma forma de fazer um exercício, já que academia não é coisa pra quem anda de ônibus, não por aqui pelo menos. O problema é que invariavelmente, a menos que você esteja na W3 e vá para W3, provavelmente vai levar no mínimo uns 15 minutos esperando pelo seu ônibus. Quando ele chegar, a chance dele estar vazio é mínima (vide: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Lei_de_Murphy#O_Texto_da_Lei) .

Mas não sejamos pessimistas, ele quase sempre vai estar cheio,mas se não for horário de hush ele não vai estar lotado. O problema é que ele vai parar em todas as paradas até chegar ao seu destino (o seu não o dele) porque mais um monte de gente não vai estar indo pra W3 e ele pode parar ainda mais se estiver na W3, mas indo para outro lugar que não ela. Nisso você leva no mínimo meia hora pra chegar aonde quer. Somando os 10 minutos do trajeto até a parada, os 15 até pegar o baú, os 30 da viajem e ainda adicionando uns 15 (e isso sendo otimista) do trajeto da parada final até onde você quer ir e contando nesses 15 algum pequeno atraso dos números anteriores são já 1 hora e 10 minutos. Isso quer dizer que se você demora uma hora pra acordar, tomar banho e tomar o café da manhã você tem que acordar duas horas antes do horário de entrada no trabalho ou na escola.

Se você, como a maioria das pessoas normais, que não é funcionário público, entra às 8hs no trampo terá que acordar às 6hs. Seis horas da manhã é desumano. Mas as coisas não são sempre assim. Quem disse que os ônibus passam de 10 em 10 minutos? O Guará passa de 15 em 15 considerando condições ideais, sem chuva, sem ônibus quebrado, engarrafamento ou acidente. O Cruzeiro é de 20 em 20 na teoria porque na prática é de meia em meia hora, mas ninguém divulga porque teoricamente o Cruzeiro não é periferia, então teria que ser tão bem servido quanto o Guará em matéria de ônibus, mas não é. Não vou nem comentar se você mora na Octogonal ou no Sudoeste, se você está nessa situação aumente 10 minutos em cada intervalo de tempo que ainda estará dentro da margem otimista da situação. Depois de analisar rapidamente tudo isso, entra Murphy, que ao contrário do governo sempre segue a sua própria lei (vide: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Lei_de_Murphy#O_Texto_da_Lei).

Sempre que você quiser ir pra W3 Norte só vai passar ônibus ou para Rodoviária ou para W3 Sul. Num outro dia quando você for para um desses dois outros lugares você vai chegar na parada feliz pensando que vai ter sorte e que assim que chegar o seu ônibus vai passar – esqueça! Só vai passar W3 Norte. E as autoridades, ingenuamente se perguntam porque o grande volume de veículos nas ruas com somente uma pessoa. Ou porque houve um aumento escandaloso na venda de motos. Dá vontade de dar 10 reais para elas e manda-las irem e voltarem do trabalho, chegando na hora, antes de fazer uma pergunta idiota como essa.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Entrevista

Espelho, espelho meu, existe algo mais humilhante, moco e sacal que uma entrevista de emprego?

Difícil achar, mas deve existir. Coisas como a burocracia, por exemplo. Eu sei que as pessoas se esforçam, criam joguinhos, fazem perguntas criativas e até mudam o nome de RH para Gestão de Pessoas, mas no fundo no fundo é tudo a mesma velha fórmula: responda o que eu quero + finja que essa empresa bosta é a melhor + nós fingimos que ligamos para as pessoas = talvez você passe (se não passar nunca terá um feedback).

O pior é que ainda assim o entrevistador sente uma espécie de piedade misturada a um complexo de superioridade enojante. Eu já li uma porção de dicas e elogios aos processos seletivos atuais. Já li que jogam WAR, deixam você na sala de espera para ver que tipo de atitude toma, se escolhe uma VEJA para ler ou se vai direto na CARAS ver a fotos. Mas sinceramente, comigo isso nunca aconteceu.

Eu fico esperando um tempão numa sala cheia de revistas velhas onde ninguém explica nada me dão uma prova de conhecimentos gerais idiota e no final uma redação com um tema inovador como "descreva você mesmo" ou então "qual o significado do trabalho pra você". Sinceramente, com um pessoal desses não me admira que a maioria das empresas brasileiras declarem falência no primeiro ano de vida.

(re)começando

Nossa, acho que havia mais de sete anos que eu não escrevia num blog, ter um então nem se fala. Mas atendendo a pedidos e vontades eu resolvi criar um. Pode ser que algumas coisas fiquem diferentes por aqui, afinal estou um pouco sem tempo agora, mas no âmago, a intênção é postar as crônicas que lotam o meu hd.