segunda-feira, 21 de julho de 2008

Entrevista

Espelho, espelho meu, existe algo mais humilhante, moco e sacal que uma entrevista de emprego?

Difícil achar, mas deve existir. Coisas como a burocracia, por exemplo. Eu sei que as pessoas se esforçam, criam joguinhos, fazem perguntas criativas e até mudam o nome de RH para Gestão de Pessoas, mas no fundo no fundo é tudo a mesma velha fórmula: responda o que eu quero + finja que essa empresa bosta é a melhor + nós fingimos que ligamos para as pessoas = talvez você passe (se não passar nunca terá um feedback).

O pior é que ainda assim o entrevistador sente uma espécie de piedade misturada a um complexo de superioridade enojante. Eu já li uma porção de dicas e elogios aos processos seletivos atuais. Já li que jogam WAR, deixam você na sala de espera para ver que tipo de atitude toma, se escolhe uma VEJA para ler ou se vai direto na CARAS ver a fotos. Mas sinceramente, comigo isso nunca aconteceu.

Eu fico esperando um tempão numa sala cheia de revistas velhas onde ninguém explica nada me dão uma prova de conhecimentos gerais idiota e no final uma redação com um tema inovador como "descreva você mesmo" ou então "qual o significado do trabalho pra você". Sinceramente, com um pessoal desses não me admira que a maioria das empresas brasileiras declarem falência no primeiro ano de vida.