segunda-feira, 28 de maio de 2012

I really don't want to be social today

Eu duvido mesmo que exista a felicidade "propaganda de margarina". Quando falamos que somos felizes é uma análise quantitativa. Pegamos todos os momentos de nossas vidas, separamos os bons dos ruins e vemos qual está em maior número. Para a resposta afirmativa, "sim, eu sou feliz" temos maiores momentos felizes do que tristes.

Mas e os outros momentos? Porque não contabilizamos o tédio, a preguiça, o ócio, a raiva e as segundas feiras? Sim, porque segunda feira só é um dia feliz para quem acabou de arrumar um emprego. Para mim, segundas são como define Garfield.

Tirando as segundas feiras, eu seria mais feliz se as pessoas não me perguntassem isso. Sofremos de uma felicidade compulsória. Uma obrigação de dias ensolarados, famílias vestidas à moda propaganda OMO, cachorros pelo caramelo e casas. Coitados de nós mortais que estamos longe desse "sonho" obrigatório e que não somos felizes 24/7.

Como diria Raul: "macaco prego, carro, tobogã, eu acho tudo isso um saco!". Ser feliz demais também é um saco. Só sai musicas melosas, poemas concretos. Deus me livre! Tô cansada também desse ser pós-moderno que se entope de informação se absorver nada, sem notar o vazio. Preenchendo tudo com um "i" alguma coisa, quando na verdade é "Yep, I'm selfish!"

Não, eu não vou bem, obrigado. E não me encha o saco.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Da incompetência

Apontar o dedo na cara dos outros é fácil, mas reconhecer os próprios erros, é muito difícil. Eu não vou bancar de profissional perfeita, pois isso está longe da minha realidade. Eu tento sempre fazer o meu melhor com o tempo que eu tenho. Já fui de me sacrificar pelo trabalho. Ainda hoje abdico de alguns finais de semana pelo bem dos meus alunos. Confesso, entretanto, que o esmero na preparação das aulas é algo que me abandona às vezes. Outras é minha ânsia por novas metodologias que me atrapalha. Afinal, quem nunca usou os próprios alunos como cobaias para novas abordagens de ensino?

Eu posso não ser uma profissional perfeita, mas sei exatamente o que é um mau profissional. Sempre relutei em usar o termo, mas hoje reconheço que ser pró-ativo é essencial. Na minha opinião, essa característica separa os (bons) profissionais em duas categorias: Os "achadores" de problemas e os "resolvedores" de problemas.

Digo os bons porque os ruins não são pró-ativos de forma alguma. Mesmo quando sabem de algo errado, fingem não ver, se apressam em não saber e, é claro, nunca são responsáveis por nada.

Quanto aos "bons" profissionais se dividirem em duas categorias, na verdade é bondade minha. Talvez eu seja um pouco "paternalista", como muitos brasileiros. Eu deveria dizer que existe apenas um tipo de bom profissional. Existem pessoas que acham que criticar apenas basta. Reclamar, descer o cacete. Parece para muitos um sinal de competência. Para mim não é. Se a pessoa pode usar tamanha energia para criticar, também pode para ajudar. Não adianta falar que está errado e não propor uma forma de consertar.

Muitas vezes a gente não sabe ainda como arrumar algo, então, esmiuçamos a crítica. Levantamos todos os pontos ruins e assim, num trabalho conjunto, procuramos respostas. Criticar por criticar é gastar toda energia produtiva em algo que não volta ou que volta em forma de mais críticas improdutivas. Eu não acho que devamos ser hiper-sensíveis a críticas. Devemos aceita-las, mesmo quando não apontam uma direção, pois como bons profissionais, saberemos resolver o problema, mas ao contrários dos inquisidores, o bom profissional vai criticar quando souber o porquê da crítica. #prontofalei.