quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pressão

Alguém já reparou como aquela barrinha do editor de texto pressiona a gente. É como quando vc tem que escrever um artigo, um trabalho, um e-mail importante e não faz a menor idéia de como começar e abre o editor de texto e a barrinha fica piscando como quem diz "E ae, minha filha, vai começar ou tá difícil?" E nesse momento a sua cabeça fica mais branca do que a página branca do editor de texto. Eu acho que isso acontece comigo porque sou uma pessoa que gosta de liberdade. Segundo minha mãe, é bagunça, mas eu afirmo que é liberdade. Desde criança escrevia na ordem inversa, frente e verso + verso; começava um texto num caderno e terminava em outro. Anotava a matéria no livro e deixava as professoras furiosas. Tinha que fazer duas vezes os trabalhos porque sempre era necessário juntar as partes. Quase tirei zero numa redação porque a escrevi em espiral, mas consegui convencer a professora a me dar dez, afinal a redação era sobre o ciclo da vida. Toda essa "liberdade" criativa fica um pouco intimidada com a praticidade e organização d'O EDITOR DE TEXTO. Acho que vou pedir umas ferramentas como sentido do texto = esprial ou quem sabe ultrapassagem de linhas, afinal tenho que me adaptar aos novos tempos. Nada mais de papel pautado pra fazer prova, tão pouco prova.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Divagando

A poesia é expressar-se em imagens através de palavras e o cinema e a expressão imagética de uma linguagem. A barra piscante do editor de texto pressiona a criatividade. A facilidade com que se apaga, recorta, cola e corrige palavras dificulta o preenchimento do espaço vazio do texto tornando-o mais opressor. Não se pode apenas passar um risco por cima da palavra indesejada fazendo com que ela fique ali incentivando-o a melhorar e quem sabe até reaproveitá-la mais tarde. Tão pouco é aconselhável utilisar papel, afinal de contas, papel = árvore... Fazer poesia ficol muito diferente - poesia = "cinema"

...a rotina ordinária surta burramente a inspiração.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Zé do Mé

Meu avô tinha um amigo apelidado de Zé do Mé que nem se podia imaginar que ele era chegado numa cachacinha. Meu avô certo dia encontrou com esse amigo num restaurante. Zé do Mé estava reclamando de dores nas costas meu avô se apressou para dizer que ao contrário dele estava muito bem. Disse: "Eu posso estar velho, mas meus examos estão ótimos, colesterol, pressão, coração..." Zé do Mé olhou um pouco chateado para o meu avô, mas não perdeu a pose e respondeu "Parabéns Seu Canabrava, você vai morrer inteiro". Depois desse dia meu avô começou a adotar a filosofia de não fazer dieta nem nada, disse: Se é pra morrer que morra bem gasto!