quinta-feira, 31 de julho de 2008

Super poderes

Se você pudesse escolher um super poder para ter qual seria? Os mais cotados são invisibilidade, telecinésia (transportar objetos com a força do pensamento), telepatia e é claro, poder voar. Mas tem horas que a gente se sente tão impotente diante de algumas situações da vida cotidiana que eu realmente queria ter o poder de telepotar pessoas para um planeta distante sem chance de volta. Por exemplo, aquele babaca que te fechou no trânsito e você não pode bem buzinar porque ele pode ser um louco psicótico que vai puxar uma arma ou te seguir e tentar te jogar pra fora da pista. Aquele babaca que roubou milhões dos cofres públicos e bastou comprar um juíz pra livrar a cara envergonhando o país todo, ou quem sabe até aquele chefe autoritário que faz pedidos e coisas absurdas das quais você não pode discordar. Outra alternativa seria o poder da audição seletiva, mas acho que esse é mais simples, basta treinar.

E você, qual poder escolheria?

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O bojo

O bojo é a melhor e a pior invenção da modernidade. Para os leigos, um enchimento que se coloca no sutiã para dar uma “levantada” nos seios da mulher e uma aumentada no volume dos mesmos. Em suma, o bojo é um sortilégio moderno usado por aquelas que não tiveram uma colaboração generosa da natureza quanto à peitulância, mas têm medo de fazer uma cirurgia plástica ou por aquelas que querem, mas não tem grana mesmo.

Na minha opinião, o bojo é uma bosta mesmo. Para aquelas que não tem peito de se assumirem despeitadas ele até que serve, mas e para aquelas que já vieram turbinadas de fábrica? Hoje em dia não vendem mais sutiãs sem bojo que não sejam tamanho 16 anos ou 54 bege-vovó-brochante. E o que farão as dondocas que gastaram uma pequena fortuna para não enxergarem os próprios pés de tanto silicone? Certamente ficarão esmagadas e morrerão asfixiadas tentando usar um sutiã bonito sem saber que ele levantará o peitoral até a altura do pescoço precionando-os contra a garganta causando assim diversas mortes por asfixia. É quase uma questão de saúde pública – Mulheres peitudas, não usem bojo! Ou então deveriam colocar uma etiqueta no produto “Ministério da saúde adverte: este produto pode causar problemas respiratórios graves.

Eu não entendo o que aconteceu, as propagandas e indústria parecem estar tentando fazer as mulheres parecerem a Barbie, mas aquela que peitudona e que vem de salto mesmo sem sapato que nem fabricam mais porque segundo estudiosos qualquer mulher com aquelas medidas teria que andar de quatro ou cortar as costelas. Com base nesses argumentos eu faço um apelo a sociedade e a indústria da lingerie: respeitem a turbinada/desturbinada natural de cada mulher e nos deixem comprar sutiãs bonitos SEM BOJO! – Abaixo o bojo! Viva a segunda via – Sutiãs sem bojo!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O Buzão de Murphy

Andar de ônibus em Brasília é uma aventura. A cidade planejada de ruas largas não foi planejada para pessoas, ônibus, chuva, e sim para prédios, monumentos e só. Quem se aventura a andar de ônibus por aqui lida com dois problemas: a competência do governo local e Murphy (o da lei de Murphy). A menos que você pegue ônibus na W3 para ir para W3, acredite, vai ter problemas. Primeiro que você vai andar uns 10 minutos até chegar na parada. Mas isso não é ruim, uma forma de fazer um exercício, já que academia não é coisa pra quem anda de ônibus, não por aqui pelo menos. O problema é que invariavelmente, a menos que você esteja na W3 e vá para W3, provavelmente vai levar no mínimo uns 15 minutos esperando pelo seu ônibus. Quando ele chegar, a chance dele estar vazio é mínima (vide: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Lei_de_Murphy#O_Texto_da_Lei) .

Mas não sejamos pessimistas, ele quase sempre vai estar cheio,mas se não for horário de hush ele não vai estar lotado. O problema é que ele vai parar em todas as paradas até chegar ao seu destino (o seu não o dele) porque mais um monte de gente não vai estar indo pra W3 e ele pode parar ainda mais se estiver na W3, mas indo para outro lugar que não ela. Nisso você leva no mínimo meia hora pra chegar aonde quer. Somando os 10 minutos do trajeto até a parada, os 15 até pegar o baú, os 30 da viajem e ainda adicionando uns 15 (e isso sendo otimista) do trajeto da parada final até onde você quer ir e contando nesses 15 algum pequeno atraso dos números anteriores são já 1 hora e 10 minutos. Isso quer dizer que se você demora uma hora pra acordar, tomar banho e tomar o café da manhã você tem que acordar duas horas antes do horário de entrada no trabalho ou na escola.

Se você, como a maioria das pessoas normais, que não é funcionário público, entra às 8hs no trampo terá que acordar às 6hs. Seis horas da manhã é desumano. Mas as coisas não são sempre assim. Quem disse que os ônibus passam de 10 em 10 minutos? O Guará passa de 15 em 15 considerando condições ideais, sem chuva, sem ônibus quebrado, engarrafamento ou acidente. O Cruzeiro é de 20 em 20 na teoria porque na prática é de meia em meia hora, mas ninguém divulga porque teoricamente o Cruzeiro não é periferia, então teria que ser tão bem servido quanto o Guará em matéria de ônibus, mas não é. Não vou nem comentar se você mora na Octogonal ou no Sudoeste, se você está nessa situação aumente 10 minutos em cada intervalo de tempo que ainda estará dentro da margem otimista da situação. Depois de analisar rapidamente tudo isso, entra Murphy, que ao contrário do governo sempre segue a sua própria lei (vide: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Lei_de_Murphy#O_Texto_da_Lei).

Sempre que você quiser ir pra W3 Norte só vai passar ônibus ou para Rodoviária ou para W3 Sul. Num outro dia quando você for para um desses dois outros lugares você vai chegar na parada feliz pensando que vai ter sorte e que assim que chegar o seu ônibus vai passar – esqueça! Só vai passar W3 Norte. E as autoridades, ingenuamente se perguntam porque o grande volume de veículos nas ruas com somente uma pessoa. Ou porque houve um aumento escandaloso na venda de motos. Dá vontade de dar 10 reais para elas e manda-las irem e voltarem do trabalho, chegando na hora, antes de fazer uma pergunta idiota como essa.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Entrevista

Espelho, espelho meu, existe algo mais humilhante, moco e sacal que uma entrevista de emprego?

Difícil achar, mas deve existir. Coisas como a burocracia, por exemplo. Eu sei que as pessoas se esforçam, criam joguinhos, fazem perguntas criativas e até mudam o nome de RH para Gestão de Pessoas, mas no fundo no fundo é tudo a mesma velha fórmula: responda o que eu quero + finja que essa empresa bosta é a melhor + nós fingimos que ligamos para as pessoas = talvez você passe (se não passar nunca terá um feedback).

O pior é que ainda assim o entrevistador sente uma espécie de piedade misturada a um complexo de superioridade enojante. Eu já li uma porção de dicas e elogios aos processos seletivos atuais. Já li que jogam WAR, deixam você na sala de espera para ver que tipo de atitude toma, se escolhe uma VEJA para ler ou se vai direto na CARAS ver a fotos. Mas sinceramente, comigo isso nunca aconteceu.

Eu fico esperando um tempão numa sala cheia de revistas velhas onde ninguém explica nada me dão uma prova de conhecimentos gerais idiota e no final uma redação com um tema inovador como "descreva você mesmo" ou então "qual o significado do trabalho pra você". Sinceramente, com um pessoal desses não me admira que a maioria das empresas brasileiras declarem falência no primeiro ano de vida.

(re)começando

Nossa, acho que havia mais de sete anos que eu não escrevia num blog, ter um então nem se fala. Mas atendendo a pedidos e vontades eu resolvi criar um. Pode ser que algumas coisas fiquem diferentes por aqui, afinal estou um pouco sem tempo agora, mas no âmago, a intênção é postar as crônicas que lotam o meu hd.