segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

1 ano!

Difícil mensurar quanto tempo dura um ano. Por mais que sejam 365 dias, 12 meses, quatro estações, dois semestre e muitas horas o tempo continua ainda relativo. Tão relativo que eu não posso dizer com exatidão o dia e a hora em que nos conhecemos.

Posso dizer que não foi coup de foudre, amor a primeira vista, paixão avassaladora. Foi simplesmente como as melhores coisas da vida. Foi natural. Quando me dei conta, antes mesmo de ouvir as palavras mais marcantes de toda a minha vida eu já sabia.

Sabia que não seria tradicional, sabia que não ia ser clichê senão não seria nem eu e nem você. Eu sabia que ia ser simplesmente perfeito e único. Perfeito como um filme de amor que nos faz chorar de felicidade apenas ao ver o casal sorrir. Eu não tenho palavras para descrever tudo o que sinto, mas posso dizer que é simplesmente a melhor coisa que já me aconteceu em toda a minha vida. Meu amor tranquilo com sabor de fruta mordida, nós na batida no embalo da rede - sempre.

Eu simplesmente amo você.
Amo você sem se, mas, porque, apesar de.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Perebas

Dentre as muitas coisas que eu não gosto na vida, uma delas e falar de perebas. Como o próprio nome já diz, pereba é uma coisa nojenta, quase sempre tem pus e fede. Também não gosto de falar de doença simplesmente porque não é agradável. Acho que é um assunto íntimo que se conversa com pessoas do seu convívio quando for algo importante. Não tem porque discutir a consistência do catarro de uma gripe com um colega de trabalho a menos que queira fazê-lo perder o apetite.

Hoje cedo fui ao médico, não vou descrever a minha doença, mas era coisa simples. Como sabia que ia esperar coloquei o ipod e fiquei esperando. O hospital estava vazio e isso me agradou. Foi só eu ficar contente que apareceu uma mulher do meu lado esperando ser atendida pelo mesmo médico. Não percebeu que eu estava ouvindo música e começou a conversar comigo. Para não deixá-la no vácuo eu tirei os fones. Ela foi logo perguntando "Você gosta do Dr. Rogério?" Eu achei estranho ela saber o nome do médico. Clínico geral pra mim é aquele médico que quando vc tem um problema emergente e o seu médico está lotado, vai nele. Achei estranho mas pensei que era melhor não tirar conclusões precipitadas...

Não contente com a minha cara de desinteresse ela continuou "Sabe que eu acho a cara dele muito engraçada. As vezes eu não entendo se ele é engraçado, doido ou tarado. (?!)" Eu comecei a ficar preocupada, será que estava para ser atendida por um psicopata? Mas logo em seguida pensei: em menos de cinco minutos de contato com uma completa estranha a mulher já chegou nesse estágio acho que talvez ela que não bata muito bem.

A moça parecia estar intrigada pelo fato de eu não conhecer o médico e não estar nem aí pra isso. Continuou a conversa por mais que eu rezasse internamente para ser chamada ou para que o meu celular tocasse. "Sabe que eu vim aqui a primeira vez porque estava com uma gripe que não melhorava e fiquei com medo dela se tornar uma cinosite, então o Dr. me deu um atestado de 2 dias para que eu ficasse longe do ar condicionado do Banco. Sabe que aquele ar condicionado do Banco (como se eu trabalhasse lá) só piora a nossa gripe. Mas aí depois eu estava com problema na visícula (aí me matou. Odeio papo de visícula. Arranca logo a porra e fica livre de encher o saco dos outros!) e o médico me mandou logo pra cirurgia. Eu fiquei muito encucada e comecei a tratar com halopatia (idiota! Halopatia só pra frescura mesmo)..."

Isso tudo às nove da manhã sendo que eu levantei às oito e estava não sei quanto tempo esperando, mas não o suficiente para acordar e a mulher nada de se tocar.

"... então eu fiquei encucada de fazer uma cirurgia baseada num exame que eu fiz um ano atrás..." Eu até pensei em falar "Porque você não pediu outro exame?" Pra ver se ela se tocava que além de idiota estava sendo inconveniente. A criatura não me disse bom dia, não perguntou o meu nome, não quis saber nada, só falar das ziqueziras dela. Já estava começando a pensar que o assunto se prolongaria num monólogo sobre visículas e burcites quando o Dr. finalmente me chamou.

A consulta foi rápida sem nada de mais que pudesse confirmar as suspeitas da doida. Quando saí de lá ela estava contando o caso da visícula para outra pessoa, mas ao contrário de mim ela também tinha uma pereba para compartilhar com a doida.

Acho que a modernidade está mudando até as conversas de elevador e salas de espera. Em vez de política, futebol ou o tempo as pessoas vão começar a falar de -ites, -oses doenças e perebas em geral. Mas estou começando a pensar numa tática, já que sou obrigada a ouvir vou começar a descrever as coisas mais nojentas que já vi na vida com uma riqueza de detalhes impressionante. Sabe que uma vez meu pai pegou um berne?...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O morro dos ventos uivantes


Todas as mães adoram esse livro. Pelo menos a minha mãe e a minha tia falaram muitíssimo bem desse livro várias vezes. Tanto assim que alguns, muitos, anos atrás eu estava passeando pelas estantes da BCE procurando um livro que provávelmente não me agradara nem a idéia de ler. Mas continuei minha procura. Com o endereço da estante anotado na mão e uma dificuldade enorme de enxergar os nomes nas prateleiras mais altas... Eis que me deparo com ele, O morro dos ventos uivantes, amassado, um pouco gasto, mas até que tinha uma capinha moderninha. Levei-o para casa com mais meia dúzia de livros que não precisava ler.

Eu realmente me surpreendi com o livro. É muito bem escrito, forte, conciso. Muito diferente da maioria dos escritores da época, Emilie Brontë marcou a época e o estilo com seu livro. Um romace atravessando décadas, que nos faz refletir a respeito da força dos sentimentos e como, através dos séculos, pessoas se dividiram entre o amor e a ambição ou entraram em choque com tradições e costumes.

Mas eu nem entendia muito bem essas coisas quando o li. Fiquei tão absorta na história que acabei despertanto a curiosidade de todos lá em casa. Até minha mãe quis ler o romance novamente. Mas o mais interessante é que toda essa emoção e interesse causados pelo livro ficaram latentes. Eu não me lembrava muito bem da hitória quando, passando distraidamente pelas estantes de DVD's do meu sogro, encontro de novo, com a capa parecida com a do livro, O morro dos ventos uivantes (dir. Willian Wyler). E não é que após assistir, todo o livro me voltou à mémoria? Uma ótima adaptação para o cinema. Vai aí uma dica.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Férias

Final de ano é uma beleza. Todos loucos insanos atrás de presentes de Natal. Depois, a ceia. Ah, meu deus! A ceia! Onde passar, o que levar, como ir, como voltar. Após esse singelo e prazeroso martírio vem o reveillon. Irc! A soberania das cores. Um bando de méidcos/macumbeiros soltos pela rua fazendo algazarra. Festas ruins custando uma baba. Muitos amigos longe. A loucura da família sendo sabiamente deixada de lado após a meia noite e após uma festa que se ruim só tem como solução o alcolismo e que se boa tbm. Você acorda no dia seguinte numa cidade deserta provavelmente de ressaca.

Bem vindo ano novo!
Começando como sempre cheio de esperanças de ser algo diferente. Pelo menos esse ano é ímpar. E eu entro de férias escolhidas. Até quando me der vontade de escrever de novo.