segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

café velho e gelado

Pois é. Vcs devem ter notado que acrescentei uma palavrinha no título desse blog. Sim, café gelado. Bom, o café quando fica velho não precisa estar gelado, mas quando fica velho e gelado, nó! Alguém acode.

Eu ainda sei muito pouco sobre os costumes dos suecos, especialmente daqueles que moram na famosa cidade de Lund, onde passarei a maior parte do meu 2011. Mas eu sei algo bem impactante: lá é gelado. O que será para mim, uma criatura que vive quase no deserto (quente) viver num lugar frio e úmido? Tudo bem que pelo que andei vendo na net o clima vai estar bom. De 1º a -5º. Tudo bem que acho que nunca encarei um frio que chegasse perto de 0º, ver um - no termômetro me assusta um pouco. Mas podia ser pior: fiquei sabendo que no Natal lá fêz -20º. Até vai fazer um solzinho essa semana. Tô no lucro!

Bom, a questão é, faz um tempinho que não estou conseguindo postar aqui. Muitas coisas a fazer e etc. Então decidi que vou mudar um pouco o perfil do blog e postar um pouco sobre minha nova vida na Suécia. Fazendo uma comparação entre os costumes e talz. E é claro, ver como funcionam as políticas de inclusão e igualdade pelas quais o país é famoso. Vamos ver como é o feminismo à sueca.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Porque?????

Eu tentei evitar. Eu juro. Mas não deu. Respirei fundo, contei até 10 umas 10 vezes. Tomei chá, dei uma caminhada, mas a raiva não passou. Antes de fazer algo mais drástico, vou reclamar no blog. Quem sabe assim a raiva passa?

Bom, eu tenho um enorme problema com gente burra. Tenho uma dificuldade estrutural em me colocar no lugar delas e por isso não entendo seus pontos de vista. Eu digo que tenho dificuldade em me colocar no lugar dessas pessoas porque sempre que tento chego a mesma conclusão: o problema não é a burrice, é a preguiça. Não sei se de fato eu conheço alguém burro de verdade, mas já pessoas que tem preguiça de pensar eu conheço aos montes.

Mas isso pode ter outra explicação. Como eu penso muito em várias possibilidades que podem ocorrer numa mesma situação acho tudo meio óbvio e acabo não me expressando direito. Quando estava para imprimir minha dissertação para a defesa fui a secretaria do meu departamento perguntar se havia alguma norma e/ou norma de formatação específica. Esqueci de dizer, porém, que como achava que haveriam poucas correções, eu gostaria de fazer logo nos moldes da definitiva para me poupar tempo já que estou prestes a me mudar e talz. Bom, eu perguntei 3 vezes e a moça me disse que bastava seguir a ABNT (que eu acho horrível), mas tudo bem.

Escrevi, pedi para um amigo meu formatar e ele fez na maior correria pq tbm estava sem tempo. Defendi e como eu previa, tive que corrigir apenas algumas notas. No entanto, quando recebi meu comprovante de defesa recebi junto uma série de normas para a entrega da versão definitiva. Qual foi a minha surpresa em saber, por exemplo, que meu resumo em francês não servia para nada? Enorme! Se eu soubesse que o DPP exigia um resumo em inglês não teria perdido meu tempo fazendo um em francês e pedindo para uma colega professora dar uma olhada. Além disso, descubro que tenho que mudar a fonte do trabalho. Não era mais fácil a moça ter me dito isso antes?

Porque não disse? Bom, aí que está o x da questão, como eu não falei nada sobre minha "pressa" a moça deve ter achado que eu iria adorar fazer duas vezes a mesma coisa em vez de fazer bem feito logo da primeira.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Em busca da fama

Essa palavrinha, fama, tem uma conotação extremamente negativa no meu vocabulário. Principalmente porque (coincidência ou não) sempre me lembro dos BBB's quando penso nela. O que é um BBB? Alguém que passou 3 meses, ou menos, infurnado numa puta casa, sem acrescentar nada de novo ao público a não ser suas partes íntimas e ficou famoso. Um BBB pra mim tbm é alguém que reforça algum esteriótipo. Quando pensamos em pessoas que participaram do programa é sempre assim: uma penca de mulher boazuda que só diferencia das outras pela cor do cabelo, um gay, um velho, um cowboy, uma sapatão... Tudo isso pra quê? Alcançar a fama "vazia" porque essas pessoas, em geral, não tem nada que justifique o "estrelato", assim como a maioria dos globais.

Hoje em dia, entretanto, a fama alcançou outros meios, como era de se esperar. E sobre isso eu ainda não sei exatamente o que pensar. Por exemplo, os blogueiros progressista. Muitos deles já eram famosos antes de terem seus blogues. Porém, o que mais me intriga é que como muitos deles trabalhavam com a mídia comum, não acrescentaram nada de novo ou diferente em seus blogues - continuamos, de certa forma, sendo influenciados pela "grande mídia". É certo que existem blogues famosos que representam vozes distoantes, mas eu me pergunto, aqui dentro, quais tem maior impacto?

Porque todas essas questões? Bom, tudo começou com um e-mail sobre uma fofoca que li numa lista que participo. Não lembro bem do que se tratava, e não acho que deva reproduzir uma fofoca, mas a questão que me intrigou é que dentro de um meio bem alternativo as pessoas ainda discutiam a capacidade intelectual de uma mulher apenas porque tal mulher era conhecida por ter páginas de sucesso na internet. Eu achei bem engraçado o tom de quem contou o causo. Porque por mais que a pessoa insistisse que não estava desdenhando a vítima da fofoca, não conseguiu disfarçar o tom nem por escrito. Daí eu percebi que parece não importar o meio, as hierarquias da "fama" parecem repetir a mesma formula: Você tem pessoas fomosas por sua capacidade; pessoas famosas por sua beleza; pessoas famosas porque estão na hora certa, no lugar certo e com as pessoas certas (ou porque são filhas das pessoas certas), e tem pessoas que não são famosas, dentre essas, muitas queriam ser e fazem questão de exercer "o lado ruim da fama".

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fala, MESTRE!

Uhul!!!! Finalmente!!! Depois de dois anos de muito trabalho, muito cansaço e muita ralação, eu finalmente terminei meu mestrado. Adorei a banca da minha defesa e já descobri que minha dissertação vai auxiliar dois trabalhos da psicologia. Não é o máximo?

Depois do resultado positivo penso mais seriamente agora no doutorado. Mas o duro é decidir se continuo na Literatura ou vou para Psicologia. Defini pelo menos uma coisa: da Maternidade (como tema) não abro mão. hehehe Mas eu vou ter muito tempo para decidir. Vou tirar um ano de férias. Aprender inglês, sueco... Oui, c'est la vie!

Bom, pessoal, vou dar mais uma descansada, afinal, esses dois anos quase acabaram comigo... Amanhã voltamos as blogagens interessates.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tudo não passa de... sei lá

Eu tenho tanta coisa pra contar, mas acho que não sei por onde começar. Morrendo de saudade de voltar à blogsfera, eu decidi começar o ano com uma atitude nova. Não vou reclamar de nada. De onde veio isso? Nem eu sei ao certo, mas para tentar descobrir vou contar um causo de natal.

Gente, eu odeio o natal. Basta olhar qq post de dezembro desse blog para descobrir o q eu penso a respeito desse feirado. Bom, esse ano eu passei o natal em Gramado. Eu em GRAMADO!!! Pensei q ia morrer na cidade do papai noel que usava de roupa de veludo vermelho com 27 graus à sombra. Mas aconteceu algo surreal comigo. Em minha defesa, devo dizer que não fui à Gramado para curtir o Natal. Fui para lá fazer uma visita a uma tia do Marcos de quem eu gosto muito e que infelizmente ficou viúva a pouco tempo. O motivo não era bom, mas como era Natal, a família toda foi com o intuíto de fazê-la esquecer a fatalidade e se divertir um pouco. Até os netos ingleses dela compareceram.

O fato é que eu já estava preparada para aqueles natais em família onde as pessoas choram de estresse e decidem colocar suas questões em dia. No caminho para o aeroporto, meu sogro reclamava dos pacientes que se esquecem que o Natal é feriado e sempre surtam nessa época. Ele é psiquiatra. Com essa era mais uma para "elevar" o meu ânimo natalino. Chegando lá a cidade era um brinco só. Tudo enfeitado para o Natal, tinha até neve falsa (pena que não conseguiram alterar as estações - lá era mesmo verão). O Natal tinha tudo para ser como sempre foi na companhia da minha família - algo tão cheio de espectativas e pressões que só pode mesmo agradar crianças muito pequenas que não sabem diferenciar a embalagem do presente.

Mas que surpresa a minha de conhecer pessoas tão especiais. Meu natal foi sem estresse, incrível! Mesmo passando mal por causa da viagem tudo foi bem melhor do que esperava. Não tinha ninguém triste, deprimido, lavando roupa suja. No dia 24 não teve nem ceia. Cada um pegou seu presente, entregou os seus, comentou das coisas, se divertiu, bebeu vinho... Comemos dia 25 no mesmo clima. Ninguém reclamava pq não estávamos com roupa de festa. Desconfio que a minoria ali era católica. As pessoas queriam mesmo conversar, ficarem mais próximas, rir.

Então, pessoas, chego a conclusão que o Natal é um daquelas coisas que não são sempre o que parece - um feriado religioso. Ele pode ser apenas uma comilança desenfreada e uma troca amistosa de presentes.