Eu não sei bem o que passava na minha cabeça quando fui para Suécia. Imaginava várias coisas, todas bem otimistas. Eu pensava, por exemplo, que iria rapidamente aprender sueco. Outra coisa que passava pela minha cabeça era que seria fácil encontrar um emprego, mas minha insegurança com a língua inglesa foi um até para me candidatar a alguma vaga. Outro engano meu foi imaginar que eu realmente leria todos os livros e artigos que um dia eu quis ler e escreveria todos os meus artigos do mestrado no meu "gap year".
Embora eu tenha me frustrado com aspecto profissional do meu ano fora, o aspecto de experiência de vida compensou muito do que eu deixei aqui. É verdade que não podemos esperar que nossa vida volte do ponto de onde paramos por aqui. Um emprego que deixamos tem que ser a duras penas reconquistado. É difícil ter motivação quando não temos obrigação formal, é difícil e mesmo assim eu consegui escrever um artigo (que ainda espera pela aprovação dos revisores), mas será que os meus futuros empregadores saberão levar isso em conta? Ou será que aquele ano entre meu mestrado e a minha volta irá pesar na conta dos meus anos de experiência profissional?
O que posso dizer é que voltar nunca é de fato uma volta. Algo no sentido da palavra nos leva a crer que voltamos para onde paramos, mas o mundo nunca fica parado no mesmo lugar. A vida não espera por nós e nesse caso, temos que correr atrás dela.
Boa sorte para todos, que como eu, podem ser chamados de atrasados.