Ou no HD é um texto quase morto. Moribundo, agonizante ele implora por uma lida, um carinho, um dengo.
O crítico literário lê para si, para os outros. Interpreta, extrapola. Lê até os silêncios. Não dizem que eles falam? Pois hão de ser interpretados. De tanto se esforçar o crítico que as vezes acanha aquele outro, mais tímido, menos pretensioso, o leitor. Uma interferência na comunicação, afinal, o autor não escreve para o crítico. Será? Quem é o público leitor?
Eu escrevo para os meus amigos, aqueles que eu fiz e os que ainda não fiz. Mas não imagino um sujeito careca de óculos lendo meus textos. É muito sério.
Mas peraí! Eu sou uma "crítica literária" também. Escrevo eu para mim mesma, para meu id leitor, super ego crítico para meu alter ego autor? Quem diachos é quem? A ficção personafica no escritor?
É, de volta para a gaveta do HD, texto, conto, poema até eu decidir quem é quem. Ou me perder. Um dia, quem sabe, eu conto.