sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tudo não passa de... sei lá

Eu tenho tanta coisa pra contar, mas acho que não sei por onde começar. Morrendo de saudade de voltar à blogsfera, eu decidi começar o ano com uma atitude nova. Não vou reclamar de nada. De onde veio isso? Nem eu sei ao certo, mas para tentar descobrir vou contar um causo de natal.

Gente, eu odeio o natal. Basta olhar qq post de dezembro desse blog para descobrir o q eu penso a respeito desse feirado. Bom, esse ano eu passei o natal em Gramado. Eu em GRAMADO!!! Pensei q ia morrer na cidade do papai noel que usava de roupa de veludo vermelho com 27 graus à sombra. Mas aconteceu algo surreal comigo. Em minha defesa, devo dizer que não fui à Gramado para curtir o Natal. Fui para lá fazer uma visita a uma tia do Marcos de quem eu gosto muito e que infelizmente ficou viúva a pouco tempo. O motivo não era bom, mas como era Natal, a família toda foi com o intuíto de fazê-la esquecer a fatalidade e se divertir um pouco. Até os netos ingleses dela compareceram.

O fato é que eu já estava preparada para aqueles natais em família onde as pessoas choram de estresse e decidem colocar suas questões em dia. No caminho para o aeroporto, meu sogro reclamava dos pacientes que se esquecem que o Natal é feriado e sempre surtam nessa época. Ele é psiquiatra. Com essa era mais uma para "elevar" o meu ânimo natalino. Chegando lá a cidade era um brinco só. Tudo enfeitado para o Natal, tinha até neve falsa (pena que não conseguiram alterar as estações - lá era mesmo verão). O Natal tinha tudo para ser como sempre foi na companhia da minha família - algo tão cheio de espectativas e pressões que só pode mesmo agradar crianças muito pequenas que não sabem diferenciar a embalagem do presente.

Mas que surpresa a minha de conhecer pessoas tão especiais. Meu natal foi sem estresse, incrível! Mesmo passando mal por causa da viagem tudo foi bem melhor do que esperava. Não tinha ninguém triste, deprimido, lavando roupa suja. No dia 24 não teve nem ceia. Cada um pegou seu presente, entregou os seus, comentou das coisas, se divertiu, bebeu vinho... Comemos dia 25 no mesmo clima. Ninguém reclamava pq não estávamos com roupa de festa. Desconfio que a minoria ali era católica. As pessoas queriam mesmo conversar, ficarem mais próximas, rir.

Então, pessoas, chego a conclusão que o Natal é um daquelas coisas que não são sempre o que parece - um feriado religioso. Ele pode ser apenas uma comilança desenfreada e uma troca amistosa de presentes.