...meio lidos.
Assim posso definir minha vida intelectual no momento. Uma pilha de livros meio lidos. Na correria do trabalho e dos compromissos acadêmicos eu tento correr contra os prazos através da infeliz idéia de ler um pouco de cada vez cada um dos livros que tenho que ler. Conclusão - estou lendo três livros ao mesmo tempo e em praticamente nenhum eu saio do lugar.
Me perguntei um dia "porque não ler inteiramente o que interessa mais e deixar os outros dois pra depois?". Seria uma ótima idéia, mas cada vez que me empenho nessa tarefa entre em desespero. Ambos são maçantes demais e eu acabo sempre numa agonisante perspectiva de uma leitura sem fim. O pior é imaginar que poderei levar mais de 3 meses para ler um livro de 170 páginas! Se for nesse ritmo não terminarei meu mestrado. Ahhhhhhh!
Comprei até uma vesão original de um teórico q era francês e todos comentavam que as suas traduções para o português eram ruins. Mas advinha? O cara é incompreensível tbm no original, tipo um Lacan... Porque não são todos como o Compagnon ou o Giddens?
Tem horas que odeio os textos impenetráveis de certos teóricos. Será que nos formamos em alguma área do conhecimento ou no fundo somos todos especialistas em esconder a prolixidade para alimentarmos a ilusão de que somos úteis?