sexta-feira, 6 de julho de 2012

Odeio ser civilizada!

Postagem mega antiga que tava dando sopa no blog. Algo para divertir um pouco, já que meu embotamento cerebral me impede de escrever algo bom no momento.

"Ontem à noite, depois de ter tido um dia cheio e chato com duas idas ao supermercado, ter que espremer o meu parco inglês para ler um texto que falava de Marx, Lévi-Strauss e Freud e ter que ir andando duas quadras para comprar gasolina para abastecer a motoca que quebrou o mostrador de combustível, eu finalmente tive alguns minutos de diversão ao ver na sequencia três episódios de Futurama. Mas como eu havia acordado muito cedo e fui dormir tarde, acabei pegando no sono antes mesmo do 3 episódio acabar. Estava (aposto) babando e sonhando com revoltas de operários intergaláticos, naves espaciais e outras coisas que eu não me lembro quando uma música brega penetrou nos meus sonhos. Achei que era algum plano malígno de alguém quando percebi que estava sonhando. Isso quer dizer que eu acordei de madrugada com o Marcos falando "São três piriguetes tentando aparecer para o cara do audi". Hein?! Tinha um pião na janela da minha casa com o som do carro aos berros (daquele que dispara todos os alarmes da rua) e três garotas bêbadas como gambás gritando a letra da música.

Eu achei que era coisa rápida, que logo eles iam entrar em algum apê pra fazer uma festinha mais íntima. Mas que nada. O programa era justamente esse de goiano de ficar com o som nas alturas encostado no carro tirando "onda" pra quem passa na rua. Mas no caso dele só poderia ser com a gente, que morava ali porque a rua estava deserta. Quando me toquei disso, fiquei puta. A polícia passa na minha janela toda noite e naquele dia passou e nem pra enquadrar esse pessoal. Comecei a pensar que já q eles não deram bola para o barulho também não dariam bola se eu jogasse um ovo. Quem sabe um balde d'água (gelada)? Pensei em várias coisas e quanto mais a bagunça continuava mais eu acordava e percebia que não tinha dormido o suficiente para estar acordada.

Já pensando em descer de camisola com uma garrafa de vidro na mão apertando um olho para parecer psica e já ir sentanto a porrada em quem falasse algo idiota. Ou, de repente, ir quebrando a garrafa na calçada para ela ficar potiaguda e dar mais 'realidade' ao meu personagem. Quando uma pessoa iluminada fez algo do gênero. Eu não consegui saber o que era, mas sei que a música parou istantaneamente. Fiquei tão feliz. Não ia precisar pagar um mico desses e me expor e ainda ia conseguir dormir.

Mas felicidade de pobre dura pouco. Bastou eu deitar para uma das piriguetes arrumar uma confusão. Começou a xingar e mulher que tinha acabado com a bagunça. Xingou de vagabunda, puta, piranha e a mulher apenas mandou todos pararem com a bagunça terminando com o vocativo "seu bando de vagabundo".

A confusão durou mais uma meia hora e eu na dúvida cruel de me expor e armar o barraco, jogar água, bola de papel molhado, pedra, garrafa... Queria dormir e sabia que chamar a polícia não resolveria nada. Já estava quase indo na janela mandar todo mundo tomar no cú quando o Marcos decidiu descer e me ajudar a decidir o que fazer. Já estava colocando o chinelo quando as piriguetes pararam com a baderna."