domingo, 17 de abril de 2011

Da nacionalidade

Será que nós conseguiremos um dia ser cidadãos universais dentro do mundo "globalizado"? Parece bem conhecido que a globalização visa "universalizar" ricos dando a eles acesso a todo tipo de bem de consumo, que viajam quase sem limites, mas barrar pobres ou "impuros". Apenas um certo nível de riqueza permite que diferenças históricas e coloniais possam não ser mais vistas.

Realmente pelo que tenho percebido, sempre vai existir uma fronteira imaginária entre aquilo que parece ser de todos, o universal, e aquilo que temos como "patrimônio" nacional - o preconceito. Preconceito entretanto pode não ser a melhor palavra para definir a mistura de sentimentos entre ambos os lados.

Aqueles estabelecidos se sentem lesados pois imaginam estar perdendo as oportunidades que não querem de aproveitar os impostos que sempre pagaram para aqueles que sempre se sentiram lesados por todos os lados. Nem sempre as coisas são tão simples.

Mesmo que vc não queira nada, sua nacionalidade pode dizer mais sobre você do que você mesmo. Estar de passagem, viajando, vivendo a vida, não parece algo para alguém de um país em desenvolvimento de classe média baixa. Nessas mesmas condições, apenas europeus e americanos são aceitos. Você, entretanto, "tem que ser selado, carimbado, rotulado, avaliado, se quiser voar".