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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Em matéria de sexo, elas tem o poder e eles sabem

O título do post não é tanto uma verdade quanto uma provocação. Sobre uma reportagem no CB, que foi meio en passant a respeito da liberdade sexual feminina. Me atenho ao seguinte ponto: porque os homens tem tanto medo da liberdade sexual feminina?

Aliás, esse sempre foi o meu ponto. O que tem demais uma mulher exercer sua sexualidade livremente? Procurar meios para saciar suas vontades?


A sexualidade masculina ainda se baseia em virilidade, quantidade e porque não dizer também individualidade. Talvez esse seja o conflito entre homens e mulheres. Se a sexualidade masculina se baseia nesses 3 pontos ela parte da premissa que a sexualidade feminina seja por conseguinte frágil, restrita e subalterna. Quer dizer, isso é o que conhecemos de longa data, mas nada quer dizer que a nova sexualidade feminina dê cabo da sexualidade masculina. Talvez ela precise ser, digamos, revista.

Por exemplo, o homem viril, no Brasil colonial, era aquele que tinha muitos filhos, tanto legítimos quanto bastardos. Essa virilidade se associava ainda com a quantidade. O homem tinha relações com várias mulheres, para poder apagar o seu "fogo", dar conta dele - quantidade. A individualidade é que muitas vezes esse homenzão, macho pacas, não queria nem saber se a mulher estava gostando ou não. O importante era satisfazer suas próprias necessidades. Além disso, as mulheres eram proibidas, entre outras coisas, de falar de sexo. O homem ficava então seguro de si pois não tinha ninguém para contradizê-lo. Digo verbalmente, pois as puladas de cerca são tão velhas quanto os próprios seres humanos. Freud que me desculpe, mas sim, as mulheres gostam de sexo. Mas naquela ocasião, não tinham como reinvindicar qualquer direito ao prazer. Além do mais, para que bater de frente com o patriarca? Mulheres traiam e escondiam. Talvez o coronel pudesse até defender sua própria honra (De que?...), mas os menos afortunados, tinham que aceitar filhos de botos, pregos, e outros mais.

Graças! Os tempos barbaros já eram! Hoje temos o divórcio, a quase extinção das práticas brutais em defesa da honra, a pílula, e a comercialização em larga escala de camisinhas. Mas ainda temos muitos pensamentos "saudosistas" em termos de sexualidade. Pois as mulheres ainda não podem exercer sua sexualidade livremente. E as amarras morais soam cada vez mais sem sentido, um apelo desesperado de homens que não sabem mais como "conversar" com as mulheres. Ou talvez, homens que não amem as mulheres, como bem caracteriza o livro de Stieg Larsson.

Sendo muito simplista, o que mais as mulheres tem medo em termos de sexualidade, de forma geral, é de ficarem mal faladas. É, minha gente, já diria Sartre, o inferno são os outros. Mas eu acho, e aqui é minha opinião pessoal, que as mulheres tem medo de ficarem mal faladas per si, mas sim de perderem o controle sobre si mesmas e sua liberdade individual. Nesse caso, posso citar o que aconteceu com a mulher que foi molestada na boate porque tinha tatuagem. Ah?? É, meu povo, isso está acontecendo! Ou por aquela, mais famosa, que teve seu braço quebrado em dois lugares porque o outro mala não gostou de levar um fora.

Parece que exercer sua sexualidade como bem enteder para a mulher significa, aos olhos dos homens (sei que não são todos, mas infelizmente parece que são muitos) não ser mais proprietária do seu próprio corpo. Estranho isso. Não parece ter muita lógica. Isso porque a sexualidade da mulher é vista ainda como algo a ser pertencido por algum homem, como diria Bourdieu, o valor simbólico de uma mulher é aquele que pode acrescer o valor do homem, ou o chamado vulgarmente de "mulher troféu". Se a mulher não tem um homem para "controlar" sua sexualidade, quer dizer que não é de ninguém, ou, que é de todo mundo. Um exemplo tosco dessa idéia pode ser visto aqui.


Outra coisa que podemos também inferir de tudo isso é que quando o cara fala mal de uma mulher (não posso dizer com toda propriedade, pois nunca participei dessas reuniões secretas), algo de presumível como uma traição ou uma decepção em algum aspecto aconteceu. Em suma, ou alguém não foi correspondido em termos amorosos e/ou sexuais. No caso do homem falar mal, podemos ainda dizer que ele pode estar querendo contar vantagem e preencher um daqueles pré-requisitos citados lá em cima, o da quantidade. Sim, pois na cabeça do cara, se ele "menosprezar" uma mulher com quem teve relações, digamos, íntimas, é sinal de que aquela mulher ou aquela relação é dispensável, e não faz falta. Pois outras virão para completar o "placar". Ou ainda aquele mais antigo, falar mal para parecer superior.

Então, porque será que existe essa falácia de que a mulher é quem escolhe o parceiro, ou tem o poder de ter sexo a hora que quiser? Diferentemente das passarinhas, que são agradadas com toda a espécie de mimo, a fêmea humana vem sofrendo de uma enorme carência de displays masculinos adaptados aos tempos modernos. Mas digamos que ainda, um pouquinho de "poder" sexual nos resta. Cuma? Isso porque toda sexualidade masculina se baseia naqueles pré-requisitos que citei lá em cima, então, por mais auto-suficientes que os homens possam parecer, eles atualmente se defrontam com algo nunca dantes imaginado: a crítica feminina. Pois se para mulher ser mal falada é um pesadelo, para o homem, além de ser ruim de cama, ele ainda pode ter o pênis pequeno, ejaculação precoce entre outras. E bom, embora as mulheres sejam, na maioria muito discretas para "difamar" um homem em público, digamos que as vezes, pode ser, que elas venham a alertar as amigas. Por isso, meus caros, em vez de aprederem a lutar "xuxixo" só para impressionar as gatinhas e ficar sem traquejo para conversar com elas e acabar quebrando o braço e acabando com a sorte, tente melhorar a qualidade do seu display, tanto social, quanto sexual.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Da menstruação

Ou das não vicissitudes da vida.

Como sempre, eu ando atrasada nos sujeitos, blogagens coletivas, protestos, eventos e tudo mais. Mas me deu vontade de escrever sobre o tema e só tive esse tempo, então "senta que lá vem a história"!

Já ouvi muita coisa a respeito das vantagens e desvantagens de menstruação. Inclusive, já presenciei uma briga voraz entre minha mãe e minha avó, quando esta última ainda era viva, sobre o famoso chico. Mas no caso delas a discussão era um pouco mais avançada, sobre se a mulher deveria ou não tomar hormônios para menstruar depois da menopausa, ou evitar a menopausa. Tendo em vista minha tenra idade e o fato de estar presenciando uma discussão entre duas hipocondríacas, prestei pouca atenção nos argumentos delas. Mas uma coisa me lembro bem, as autoridades citadas no debate eram o Dr. Fulaninho e o Dr. Ciclaninho (nenhuma doutora no páreo)

Minha opinião a respeito das regras? Menstruação sucks, e se eu pudesse dava cabo dela. Entendo os milhões de argumentos a favor, mas desde que eu fui mordida por esse monstro tenho cólicas atrozes. Sim, eu tomo hormônios, mas por causa dos meus ovários policísticos. Mesmo assim eu não consigo ajustar um hormônio que dê jeito na minha cólica ao mesmo tempo que dê jeito na minha produção ovariana. Eu comecei a tomar hormônios com uns 18 anos para tentar regular minha menstruação e tentar amenizar minhas cólicas provocadas pelos ovários. Um detalhe, minha primeira menstruação foi aos 12 anos. Sempre sofri com cólicas terríveis, mas minha mãe, que tem uma capacidade descomunal de pensar besteira, achou que se eu tomasse pílula mais nova seria um sinal verde para promiscuidade. Ou seja, sofri 6 anos antes de ter um breve alívio. Dos 18 aos 26 mais ou menos eu sentia apenas uma cólicazinha antes do dia M que eu encarava de boa comparando com os sofrimentos anteriores.

Mas sempre me senti desconfortável com mais esse impecílio feminino. Eu não me sinto confiante quando estou menstruada, viu, povo da Always!!!! Nunca colocaria meu melhor vestido e sairia andando lançando olhares sexys pela rua nesse período do mês, como mostram na propaganda brasileira. A daqui me faz revirar os olhos quando no final do discurso colocam a frase "have a happy period, always!" Pra mim e quase impossível ser "happy" se é "period". Para completar, de uns tempos pra cá venho tendo uma volta no tempo, mas no lugar das minhas antigas cólicas, estou tendo enxaquecas homéricas, daquelas que dão ânsia de vômito e tudo. Pelo que ando lendo, a melhor solução seria parar de tomar pílula, mas eu não quero arriscar ter um filho. O DIU não é uma opção pois meu útero é pequeno demais e o diafragma, vamos e convenhamos, é um puta trabalho.

Qual é a conclusão? Tá mais do que óbvio que as pessoas que pesquisam soluções para o nosso dilema são homens, pois se fossem mulheres, inventariam algo que prestasse, tanto como contraceptivo qnt como para resolver nosso problema menstrual.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

10 dicas sobre sexo

É sempre isso na capa de uma revista "feminina". Claro que ainda existe uma matéria sobre como perder tantos quilos em uma semana e dicas de moda. Mas a questão é quem está dando dicas aos homens? Eu escuto reclamações e questionamentos de homens casados ou que tem namoros longos dizendo "o sexo não é mais o mesmo"... Claro que muitos desses comentários eu escuto indiretamente por fontes inimagináveis. Acho que eu tenho cara de alguém que gosta de ouvir lamentações alheias... Bom, mas voltando ao assunto, as mulheres leem tantas dicas de sexo que poderiam dar aulas teóricas. Claro que na prática existem muitos outros problemas como pudores e tabus que temos que enfrentar praticamente sozinhas. Com relação à prática sexual eu tenho várias indagações.

É muito fácil estimular um homem, mas será que os homens sabem estimular uma mulher? Na teoria todos são bons de cama, fodões e etc, mas será que na hora H o cara não fica se achando o dono do harém e não faz nada do que diz ter aprendido? Eu ouvi de uma amiga bem mais velho que o seu ex-marido, que dava uma de fodão comedor e bom de cama não sabia sequer onde era o clitóris dela. Eu perguntei então "vc não explicou?" Ela disse que era impossível que ele era soberbo e orgulhoso demais para ouvir. Depois, quando ela não quis mais ele se separou queixando-se cheio de razão que ia procurar alguém que gostasse de sexo. Ela achou graça, ele ia procurar alguém que gostasse de sexo, mas ele não ia achar, afinal, não sabia fazer. Uma outra amiga minha mais velha casou virgem com o marido e foi descobrir depois de anos, assistindo filmes e lendo essas tais revistar que o casamento dela era uma merda. O marido gozava, virava para o lado e dormia. O pior é que ela ainda teve 4 filhos com ele.

Não pense que isso é exclusicidade da outra geração. Eu já tive amigas que os namorados não sabiam fazer nada para estimulá-las. O problema mais comum é a manutenção da vida sexual. Os homens levam o sexo mais para a monotonia da rotina que as mulheres. A maioria tem preguiça de passar a mão nas mulheres, acariciar e etc. No início do relacionamento tudo é novo e excitante, mas com o tempo o cara acha que descobriu o mapa ou o procedimento certo e o repete sempre. A pior coisa para uma mulher é pensar "Hoje ele vai querer. Vai começar assim, vai passar a mão em tal lugar, vai fazer isso, isso e aquilo e eu vou ter que gozar e depois lá vai ele". E nem a posição o cara muda. Tenho amigos que se queixam das namoradas e as vezes vem perguntar pra mim o que as mulheres deles tem. Claro que existem outras coisas que podem interferir na vida sexual de um casal, e eu procuro perguntar se a fulaninha não está com algum problema familiar, profissional, afinal é muito raro uma mulher fazer sexo para relaxar, ela tem que estar relaxada para fazer sexo e se o cara quiser tem que conseguir deixá-la relaxada, à vontade. Bom, mas pelo que eu escuto penso logo "vc é que deve ser o problema"... As vezes pergunto "Vc faz isso? Faz aquilo? Pega ela de surpresa? Sai da rotina?" Eles vão concordando até essa última parte depois desconversam e não respondem as duas últimas aí começam com a seguinte frase (pq no fundo só querem se eximir da culpa) "Não é nada disso, o problema é ela. Depois que a gente casou ou teve filho, ou mudou, ou se formou ela perdeu o interesse, não é mais como era antes". Eu realmente começo a concordar, mas não esponho mais meus argumentos. O cara não quer ouvir críticas. Se duvidar a mulher dele tentou falar, mas ele não ouviu, não entendeu.

Não dá pra falar a verdade nesses assuntos para um homem "Olha, vc é ruim de cama" ou "Vc se acomodou, piorou o desempenho". Tem que ir de mansinho, mas o cara pode não entender ou não querer ouvir. Se a mulher gostar do cara, vai começar a fingir, caso não queira se separar dele, mas pensa na insatisfação dessa criatura. Eu me indago então porque as revistas femininas insistem em ensinar as mulheres a estimular os homens, fazer esse ou esse truque com ele, no que vai adiantar? Ela tbm tem que ser estimulada. E pensa que vc fazer no cara é uma dica para ele fazer o mesmo em vc que nada. A coisa que eu mais ouço minhas amigas reclamarem é que os homens não sabem fazer um bom sexo oral. E sabe o que eu recebo outro dia de um amigo? Uma postagem de um blog baseada num artigo científico falando sobre os benefícios para a fertilidade da mulher em engolir o sémen do parceiro. E daí? Desde quando satisfação sexual tem relação com fertilidade? Isso é pra quem quer ter filho e tirando os ditos religiosos a última coisa que as pessoas pensam ao fazerem sexo é na reprodução. Ela, na maioria das vezes, é um problema na hora do sexo. Tenho certeza que se o cara for gentil com a mulher nem precisa usar argumentos científicos para que ela realize uma fantasia dele, basta aplicar a lei da reciprocidade. Eu continuo me perguntando quem é que tá precisando de dica de sexo.