2012 está acabando e o que posso dizer desse ano? Já vai tarde!
O ano não foi todo horrível. Voltar para o Brasil me deixou muito contente. Tinha saudade da minha família e dos meus amigos. Por mais que minhas amigas na Suécia fossem fenomenais, faltava alguma coisa. Fugir do inverno parecia uma boa pedida, afinal, somos moldados à luz do sol. Acho ainda que faltava eu me sentir em casa. Eu sentia falta do improviso, da bagunça, da espontaneidade... Mas porque? Não sei. Não faz o menor sentido. Depois de chegar me deparei com uma burocracia fenomenal, que te amarra os pés e as mãos e para a qual eu não estava pronta. Dizem que "se acostumar com a direção hidráulica é fácil, difícil é voltar para a normal".
Gente que tem a cara de pau de pedir um comprovante de residência registrado em cartório pois não basta você ir pessoalmente ao local dizer onde você mora. Mas eu me pergunto: qual poderia ser o meu interesse em mentir para o banco a respeito do meu local de residência? Se eu quiser receber minha correspondência na casa da minha mãe apesar de não morar lá? Porque uma conta de uma companhia de telefone mequetrefe que abre contas para qualquer um que forneça um CPF por telefone vale mais do que a minha palavra? Disso eu não sentia falta.
Mas agora aqui estou e tenho que reaprender a lidar com isso. Outra coisa que tenho que reaprender: falta de respeito e jeitinho. Não é o que est á escrito, é o que todo mundo faz. Não é ficar na fila, é ser simpático com quem atende. Não é estar certo, é parecer certo. Talvez de posse dessas valiosas informações eu tenha um 2013 melhor do que 2012.