terça-feira, 22 de março de 2011

Mais calma

Quando escrevi o post passado, estava realmente achando que havia uma espécie de destino pré-determinado para as mulheres que casavam na sociedade em geral. Mas é óbvio que existem excessões e eu sei disso. Existem mulheres que optam por serem donas de casa e estão extremamente felizes com sua decisão. Nada de "desperate housewives". Mas eu realmente não vejo muita graça no serviço doméstico. É algo necessário, afinal de contas, se vc não fizer, vai viver num muquifo. Eu, como tive por mãe a dona neura da limpeza e organização, me irrito com determinado nível de bagunça e desorganização na minha casa. Sou bem mais relax do que minha mãe, mas chega um ponto em que falo: Okay, hora de arrumar a casa!

Mas voltando ao assunto, o que me chateou mesmo, foi que para uma feminista, parece uma derrota não ter nada por si mesma para fazer aqui. E como sempre, são os pequenos detalhes que revelam o que estamos sentindo por dentro. O que eu quero dizer com isso? Bom, aqui na Europa, em geral, os colegas de trabalho do seu marido muito dificilmente vão conhecer vc. A menos que se tornem amigos pessoais do seu marido. Um convite de casamento para o seu marido, não inclui vc, necessariamente. Então, como o Marcos estava tendo uma vida social muito mais movimentada do que a minha e eu estava sendo excluída de todos os eventos, achei que ia acabar ficando isolada dentro de casa. Não quero dizer literalmente, mas metaforicamente. Eu posso sair de casa e passear a vontade, ok?

Mas enfim, o curso de sueco já está na sua segunda semana, e eu descobri que nem todo mundo da aula trabalha. Tem uma engenheira dinamarquesa que veio morar com o namorado sueco, um iraniano que veio acompanhar a esposa no doutorado dela, e etc. Quer dizer, isso é normal. Eu é que tenho que parar com a neura. Chega dessa mania de querer sempre estar trabalhando e fazendo um milhão de coisas ao mesmo tempo. Tá na hora de ficar relax e tirar todas as férias que eu não tirei na vida. Hora de aprender inglês de vez e quem sabe talvez um sueco. ;)

Hejdo