segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Se o Gim compra, a gente linka!

Para quem ainda não leu a fabulosa história de Gim Argello, que enricou magicamente em menos de 10 anos, é só acessar o link abaixo e conhecer o próximo doador de panetones do governo da capital.

reportagem da revista Isto É.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Livro bom x ruim

Ontem rolou um amigo oculto "da galera". É assim que eu e os meus amigos de 2 grau nos referimos uns aos outros e ao grupo. Esse amigo oculto já é tradição. Fazemos todos os anos no Natal e acho que já há uns 5 anos ou mais. A novidade desses últimos 2 anos é que eu entrei no mestrado e acabei abrindo mão dos presentes comuns e venho pedindo sempre livros na minha lista. Eu sempre gostei de ganhar livros de presente, mas poucas pessoas se arriscam a me dar um. Na minha família eu posso dizer que se não especificar que quero o livro "tal" ganho sempre uma roupa ou uma bijoteria de presente.

Eu já compreendi que no caso da minha família, como a maioria não gosta de ler, acha livro um presente demasiado sem graça. Tem ainda uma parcela dela que acha que como eu faço mestrado em Literatura, livro pra mim é trabalho e como a maior parte das pessoas está acostumada a trabalhar em algo que não gosta elas acham estranho a idéia de me dar trabalho de presente. Com os meus amigos é um pouco diferente. A maioria gosta de ler. Confesso que aqueles que não gostam me deixam um pouco sem opção, afinal, comecei a considerar dar roupas de presente algo muito pessoal. Mas para se dar um livro de presente é necessário conhecer um pouco o gosto literário da pessoa e aí está a dificuldade e a razão pela qual não ganho muitos livros de presente.

Quando as pessoas pensam em alguém que faz mestrado na área elas acham que essa pessoa só gosta de Literatura com L maiúsculo. E de fato não deve ser fácil escolher um livro que caiba nessa característica e seja de Literatura Brasileira que não seja Machado de Assis, pois esse todos sabem que eu odeio. Literatura mundial não ajuda meus amigos, pois só leio em português e francês. Posso achar que eles vão conseguir escolher algo nessas duas línguas, mas a dúvida que deve pairar neles é "qual autor ela pode gostar?". Afinal, sou uma pessoa esquizita. Não gosto do Saramago.

Penso então em outro problema para eles "Que tipo de coisa ela gosta?". Nem os famosos e nem os ditos "bons" cabem. Bom, acho que para o espanto do meu amigo oculto, 15 dos 20 livros que eu pedi, não se acha nas livrarias (nem eu imaginei que fosse tudo isso). Mas dentre eles tinha um considerado um best seller. Será que ele se chocou ao ver "As Crônicas de Nárnia" na minha lista? Acho que sim, pois ao me entregar o presente ele estava indisfarçavelmente espantado. Imagina, logo eu pedir um livro bobo para criança?

Não tenho preconceito quanto à literatura ou Literatura. Tudo depende da perspectiva que vc vai ler. Nesse aspecto eu concordo com o Compagnon quando diz que o próprio conceito de Literatura já é um juízo de valor e o que é considerado Literatura hoje pode ser bula de remédio ou filosofia amanhã. Se espera ler um cânone ou algo que queira pensar se tratar de Literatura universal, esqueça a maioria dos livros divertidos, das comédias e das coisas fáceis de ler. Mas se quer se distrair e se divertir qual o mau em ler um livro para crianças? Eu adoro contos fantásticos, como poderia abrir mão de conhecer um livro inteiro de crônicas desse tipo? Ainda não sei se são fantásticas, mas qual a melhor forma de descobrir? Tem horas que a gente cansa de finais infelizes, pessimismos pós-modernos e crítica social.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Férias!

Hoje e apenas hoje posso dizer que entrei de férias. Olheiras, dores de estômago, enxaquecas e tendinites a parte, estou de férias. Nada de viagens ou planos mirabolantes, só descanso. Como esperei por esse dia. Fico um pouco extressada ainda por não ter acabado toda a adrenalina que tive que usar para aguentar esse semestre, mas estou quase começando a relaxar.

Tenho certeza que estaria entendiada em duas semanas se não fosse um simples fato: não vou ficar à toa. Além do curso de inglês que vou fazer depois de passar uns 10 anos fugindo dele tenho ainda a minha gigante lista de livros. Se depender de mim ela vai cair pela metade. huahuahua! Estou doida pra ler pelo menos uns 3 que estão novinhos na estante e me deixam com aquela sensação de filme de suspense pausado na metade. Ai ai. Ainda tenho trabalho pra fazer, mas esse é igual ao hobby das férias, ler. Que beleza! Já vi que o bloguim vai ficar cheio... Quem sabe não faço umas resenhas para postar por aqui? Nada melhor que ler um livro indicado por alguém e ter a expectativa correspondida.

Resolução de final de ano? Virar uma traça (de livros)!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Minha resposta

Eu ia apenas responder nos comentários, mas meu texto ficou tão grande que tive que fazer um post.

O que é a decepção? Bom, simplesmente quando vc espera algo de alguém e não é correspondido. Pode ser tbm quando esse algo é muito diferente (na maioria das vezes pior) do que aquilo que esperava. Eu tenho muitos amigos de direita e essa não é minha posição política. nãou vou deixar de ser amiga de ninguém por causa disso, mas confesso sim que me decepciono quando tento expor o meu ponto de vista e sou rechaçada. Mas eu entendo bem o que é ser minoria. Ou quando tento defender a PCL 122 e ouço e outra amiga que é contra a lei pq acha que o homossexualismo é contra a religião dela e ela quer continuar proferindo a sua fé. Mas ressalta, estranhamente, não ter nada contra homossexuais.

Não penero os meus amigos por discussões ideológicas. Como vc pode perceber, não foi só a discussão política com vcs que me fez lembrar da frase da minha amiga. Fico um pouco decepcionada com algumas maneiras de pensar sim, mas vou respeitar sua opnião política/social/ideológica desde que a minha seja respeitada. Talvez a minha decepção seja do mesmo viés da sua, esperava uma postura diferente de vc, pelo menos.

Eu devolvo a vc a pergunta cadê a discussão? Praticamente tudo que eu disse teve como resposta uma crítica tbm obtusa. Desqualificar o interlocutor para ganhar na argumentação é uma estratégia que eu considero muito baixa. Eu tenho o direito de discordar. Tá aí a discussão. Eu não estou dizendo que vc está errado. Mas vc não me convenceu, bem como eu não te convenci, certo? Não adianta enumerar os feitos do Arruda para dizer que ele foi um bom governardor pq eu não concordo.

Como vc diz que eu não tenho noção de onde eu vivo? Eu ouço os fogos anunciando a chegada do crack na Asa Norte o tempo todo. Eu ando nos ônibus encapados que vcs veem por fora e acham que são novos pq tem a merdinha do adesivo do lado de fora falando que ele é novo. E mesmo quando o ônibus é novo é conduzido por um psicopata que acelera nos sinais vermelhos e disputa com o cobrador quantos passageiros ele consegue derrubar. Mas é claro que isso não tem nada a ver com a administração do Arruda. Eu sou tratada como o lixo e nem sou mais pobre. Vc acha que não tem difenrença entre as classes sociais e a maneira de pensar? E a visão política? E a experiência de vida? Vc acha q uma pessoa q sofreu com a voiolência doméstica reage a ela da mesma maneira que uma pessoa que não sofreu com ela? Nossas experiências de vida são muito diferentes, mas ao contrário de vc eu não subestimo a sua, mas vc não conhece a minha. Quando digo que passei fome e que dificuldade na vida muita gente não acredita, mas por que eu mentiria por conta disso? Eu pareço alguém que quer a piedade alheia ou levar vantagem? Realmente eu entendo vc considerar o Arruda um bom governador, mas nem por isso tenho que concordar. Vc se pergunta pq eu o considero um mau governador? Talvez tenha que ampliar mais o termo, considero-o um mau político desde o episódio da violação do painel do Senado. Ele é desonesto. Pode ser um bom administrador, mas ainda duvido pois pra mim bons administradores não desviam dinheiro da empresa pois correm o risco de leva-la a falência.

Eu baseio minhas críticas nas minhas experiências. Considero mais concreto até pq os números não servem de muita coisa. Vc acha, por exemplo que o Aécio melhorou a segurança em Minas? Bom, eu não li os maravilhosos DADOS, mas um amigo meu que é policial lá me contou que eles colocam metas de X relatórios. Não quer dizer que os crimes foram resolvidos ou investigados. Apenas foram relatados. É assim que eu formulo minhas opiniões aqui em Brasília. E comparando os feitos da administração pública, o governo federal tem sido mais eficiente na minha vida do que o local. Pelo menos ele contratou professores universitários e aumentou o valor das bolsas de pós. Posso estar errada, não discordo, mas ainda não concordo com vc e olha que eu ponderei seus argumentos.

Entendo tbm a enorme diferença entre a teoria e a prática. Mas o que eu entendo e que a maioria das pessoas não entende, em relação as teorias sociais, é que nós não conseguimos ter dados concretos ou provar algo pois não somos ciência. Não adianta submeter nosso conhecimento a essa dinâmica, não funciona. Por isso muita gente no fundo acha que não servimos para nada. Bom, mas os seres humanos se organizam em sociedade e isso tem um porquê. Estudar como essas sociedades são organizadas e as falhas nelas não serve apenas para produzir mais teoria. Todos nós queremos mudar a sociedade e eu não me iludo, sei que isso é muito difícil. Por isso até muitos de nós ficam apenas na teoria.

Porque eu defendi a manifestação? Bom, porque eu gostaria de ter estado lá. Eu acho que me sentiria mais cidadã. Acho que cidadania não é só votar e pagar impostos. Nós todos, e eu me incluo nisso, adoramos falar que tudo no Brasil acaba em pizza, mas muito poucas vezes nos manifestamos. Conseguimos juntar 3000 pessoas numa corrida da cerveja ou num carnaval fora de época, mas não conseguimos juntar isso numa manifestação pelo decoro na política. Porque eu não estava lá? Covardia? Talvez... Infelizmente no fundo no fundo eu acho que não adianta. Acho que já desisti da política. Fico na Literatura. Talvez eu seja mais uma alienada, quem sabe?

Decepção...

Dos políticos a gente espera o que vê de certo modo, mas e dos amigos? Eu passo a concordar cada vez mais com uma amiga que me dizia "Tenho cada vez menos amigos". No início eu achei graça da afirmação, disse a ela que estava exagerando. Pensei até que pela diferença de idade (uns 3 anos) ela deveria estar passando por uma fase que eu já passei e que normalmente precedem fins de relacionamentos duradouros. Mas infelizmente passo a achar que ela tinha mais razão do que eu imaginava.

Eu entendo que as pessoas acabam levando vidas diferentes, mas existem diferenças que vão parecendo cada vez mais abissais. Eu não quero ser uma pessoa intransigente, mas confesso que sempre tive uma tendencia a isso que policio com muito cuidado. Mas eu já passei por tanta coisa na vida que é muito difícil não ficar no mínimo um pouco amarga. Atualmente já me vejo impaciente com gente limitada ou preguiçosa.

Bom, eu estou estudando coisas que acredito realmente servirem para compreensão da sociedade que me cerca. Certo que pelo viés principal da teoria feminista, mas não é o único. O que indigna meus amigos, e me entristece, é que minha forma de ver a política é pelo cunho social e da teoria do discurso. Eu sei que muito gente não sabe o que é teoria do discurso. Mas se recusar a olhar outro ponto de vista é para mim irritante. O ponto de vista geral tá aí. Todo mundo sabe. Ele não precisa de defesa pois domina. É o status quo. Eu posso estar exagerando ao dizer que para mim vivemos numa ditadura velada? Posso, mas que o sistema político brasileiro é falho é. Dizer que nenhum sistema político é perfeito não vem ao caso, é chover no molhado. Eu acho que temos que buscar a justiça e a perfeição. Se defender se comparando ao resto do mundo como "Na Itália tem corrupção, na França tbm..." não resolve pois é aqui que vivemos. E não se iludam, quando não vivemos aqui, carregamos tudo isso para onde vamos.

Não entendo porque defender alguém que é falível (os políticos). Se nós falharmos, mesmo se desculpando por sermos humanos, acredito que a justiça nos punirá. Eu gostaria apenas que os políticos não abusassem do poder e da máquina pública como está acontecendo. Eu vejo sim muitas semelhanças entre o regime militar e a nossa atual "democracia". A principal diferença é que os governantes do regime eram militares, mas o poder continua nas mãos da elite e os privilegiados ainda são os mesmos. A diferença ainda que atualmente cedemos uma parte do bolo para a necessitada esquerda petista que não participava do esquema.

Mas é claro que existem questões muito mais pertinentes, por exemplo, ao fazer uma manifestação, meus caros, certifiquem-se de que preencheram todas as guias de permissão da polícia, ok? Façam a manifestação em lugar devidamente afastado, que não cause transtorno e de preferência no domingo para respeitar o final de semana dos nossos caros políticos. Ah, e não só dele, da digníssima população de pessoas que não liga para política mas não se acha alienada porque lê o Mainardi. Ah, outra coisa:
- Todos os manifestantes devem ter o mesmo objetivo, a mesma consciência política e o mesmo comportamento. Desvios não são permitidos! Após a dispersão dos manifestantes para a liberação da via para os tbm alienados não-manifestantes, estes não devem considerar abusiva a repressão da polícia. Afinal, eles estão apenas treinando para ocasiões mais importantes, como a Copa.

E em conclusão a minha triste constatação: em terra de cego quem tem um olho é o cego.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Democracia?



Poucas pessoas? 1500 manifestantes ou mais não significa nada?





Prestem atenção na diferença entre a quantidade de policiais e de manifestantes. E a velocidade que os cavalos avançam em cima da população.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

diferente?

...
Enquanto 5000 jovens atenienses protestam por uma morte ocorrida há mais de um ano apenas 150 jovens brasilienses protestam contra o esquema de corrupção recente.